BNDES amplia recursos para iniciativa de preservação de corais e dobra apoio a projetos ambientais
Com aumento de investimentos, seleção de projetos para recuperação de recifes conta com seis propostas aprovadas e outras seis em reserva
247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a ampliação do orçamento da chamada pública BNDES Corais, iniciativa voltada à recuperação e conservação de recifes e bancos de corais no Brasil. De acordo com informações divulgadas pelo próprio banco, o montante inicial de R$ 30 milhões, oriundo do Fundo Socioambiental do BNDES, foi elevado para R$ 45 milhões, permitindo o financiamento imediato de um número maior de projetos ambientais.
O reforço orçamentário foi justificado pelo volume de propostas qualificadas e pela urgência em mitigar os impactos climáticos nos ecossistemas de corais, especialmente o fenômeno do branqueamento. Os projetos contemplados englobam recifes rasos entre Bahia e Ceará, bem como os bancos de corais de Parcel Manoel Luís (MA) e Abrolhos (BA/ES).
Segundo o superintendente da Área de Meio Ambiente do BNDES, Nabil Kadri, a ampliação da verba permitirá que os investimentos totais da iniciativa saltem de R$ 60 milhões para aproximadamente R$ 100 milhões, já que as regras exigem que os selecionados ofereçam uma contrapartida mínima de 50%, e algumas instituições se comprometeram com aportes ainda maiores.
Com esse incremento, o BNDES convocou para financiamento imediato o dobro de projetos que inicialmente seriam atendidos. No total, 16 propostas foram apresentadas, das quais 12 atenderam aos critérios da chamada pública. Os seis primeiros projetos seguem agora para o trâmite de aprovação, enquanto outros seis permanecerão em uma lista de espera para futuras chamadas.
Os projetos selecionados contemplam soluções inovadoras para proteção de recifes, incluindo melhoria da qualidade das águas das bacias que alimentam os corais, combate à pesca predatória por meio da geração de renda alternativa, regulação do turismo comunitário, controle de espécies invasoras e monitoramento e recomposição de corais.
Para a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campelo, a iniciativa fortalece não apenas a conservação ambiental, mas também o desenvolvimento local. “Os recifes de coral são organismos vivos essenciais para a biodiversidade marinha, além de representarem uma oportunidade única de inclusão socioprodutiva. Por meio de iniciativas como o turismo de base local, esses projetos promovem não apenas a conservação, mas também o desenvolvimento sustentável de comunidades que dependem diretamente desses ecossistemas. Como dito no lançamento da chamada, trata-se de uma ação de vanguarda do BNDES na agenda azul”.
Seleção dos projetos e próximos passos - A seleção dos projetos foi avaliada pelo Comitê Consultivo do Fundo Socioambiental (CCFS), que destacou a relevância das propostas submetidas. Os seis primeiros projetos selecionados nesta etapa agora passarão por uma análise detalhada para posterior aprovação pelo BNDES. Confira abaixo a lista das iniciativas contempladas:
- Corais entre Manuel Luís e Vitória-Trindade – Proponente: Fundação Espírito-Santense de Tecnologia (Fest);
- Coral Vivo – Regenera – Proponente: Instituto Coral Vivo;
- Projeto Abrolhos Trindade + Resiliente – Proponente: Conservação Internacional;
- Projeto Mares da Baía de Todos os Santos – Proponente: Associação Pró-Mar;
- Oásis Submerso: Conservação dos Recifes de Coral/SE – Proponente: Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão de Sergipe (Fapese);
- Saúde Ecossistêmica dos Recifes de Coral – Proponente: Instituto Nautilus.
A iniciativa BNDES Corais faz parte do programa BNDES Azul, lançado em janeiro de 2024, que busca fortalecer a chamada "Economia Azul" no Brasil. Essa abordagem prioriza a geração de riqueza a partir da biodiversidade marinha, incluindo serviços ecossistêmicos como armazenamento de carbono, proteção costeira e valores culturais associados ao oceano.
Outras ações do BNDES Azul já incluem editais voltados à preservação de manguezais, em parceria com a Petrobras, e o financiamento para estudos de implementação do Planejamento Espacial Marinho do Brasil.
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