BNDES aprova R$ 150 milhões para biogás no Grupo Piracanjuba e reforça transição energética
Financiamento com recursos do Fundo Clima viabiliza estações de tratamento de efluentes e substituição de caldeiras movidas a combustível fóssil
247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 150 milhões para o Grupo Piracanjuba, com recursos do Fundo Clima. O investimento será direcionado para a construção de quatro estações de tratamento de efluentes industriais (ETEs), com produção de biogás, nas unidades de Araraquara (SP), Três Rios (RJ), Carazinho (RS) e São Jorge D´Oeste (PR). Além disso, parte dos recursos será utilizada na substituição de caldeiras movidas a combustíveis fósseis nas fábricas de Araraquara e Três Rios.
A iniciativa faz parte de um esforço para fortalecer a sustentabilidade no setor industrial, transformando a gestão de resíduos líquidos em uma fonte de energia limpa. A estimativa é que a produção de biogás nas novas ETEs evite a emissão de 152,7 mil toneladas de CO₂ equivalente (CO₂e) por ano quando as plantas atingirem plena capacidade. O projeto também promete ganhos operacionais, como maior eficiência, controle aprimorado e redução de custos.
As unidades de biogás, quando plenamente operacionais, terão capacidade para gerar aproximadamente 11,7 milhões de metros cúbicos normais (Nm³) de biogás anualmente. Para efeito de comparação, essa quantidade de biocombustível seria suficiente para abastecer um carro de passeio em uma viagem de 600 mil quilômetros por ano.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o projeto se alinha às diretrizes do governo federal para a transição energética. “Todas as intervenções aprovadas pelo BNDES visam a descarbonização, a redução da geração de resíduos sólidos e a substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis de energia. São objetivos que integram a política de transição energética do governo do presidente Lula e são possíveis graças ao Novo Fundo Clima, que destinou R$ 10 bilhões a projetos dessa natureza em 2024”, afirmou.
O presidente do Grupo Piracanjuba, Luiz Claudio Lorenzo, ressaltou a importância do financiamento para a estratégia ambiental da empresa. “Estamos entusiasmados com a captação de R$ 150 milhões do BNDES, por meio do Fundo Clima, para investir em quatro projetos inovadores de tratamento de efluentes. Esses projetos gerarão biogás para alimentar caldeiras, reduzindo emissões de gases de efeito estufa e custos com combustíveis. Além disso, substituiremos caldeiras que ainda utilizam combustíveis fósseis por alternativas mais sustentáveis. Esse investimento reafirma nosso compromisso com a sustentabilidade e a proteção ambiental, garantindo um futuro mais limpo para todos.”
Fundo Clima - O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, é um dos principais instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima. Seu objetivo é garantir recursos para apoiar projetos, estudos e financiamentos de empreendimentos voltados à mitigação dos impactos climáticos.
Para o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, o Fundo Clima é essencial para estimular o uso de fontes limpas de energia e promover a eficiência energética no setor produtivo. “Esse modelo de financiamento está alinhado à nova política industrial, que incentiva a bioeconomia, a descarbonização e a segurança energética, garantindo recursos para as futuras gerações”, explicou.
Grupo Piracanjuba - Originário do interior de Goiás, o Grupo Piracanjuba detém as marcas Piracanjuba, Emana e LeitBom, além das licenciadas Almond Breeze, Ninho e Molico (leite longa vida), totalizando mais de 200 produtos no portfólio. A empresa conta com mais de 4 mil colaboradores, sete unidades fabris e 16 postos de recepção de leite, com capacidade para processar até 6 milhões de litros de leite por dia. Além disso, mantém fazendas de eucalipto e programas de educação continuada.
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