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    Brasil constrói consenso no G20 de energia e garante esforços para triplicar fontes renováveis

    Liderança do país também assegura compromissos globais para dobrar a eficiência energética até 2030

    (Foto: Roberto Castro/Mtur)

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    247 – Sob a liderança do ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, o Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20 (ETWG) alcançou um importante consenso nesta sexta-feira, 4 de outubro, durante a reunião ministerial realizada em Foz do Iguaçu. Após dois anos sem declarações conjuntas, o grupo anunciou uma declaração que prevê compromissos para triplicar a capacidade global de energia renovável e dobrar a eficiência energética até 2030. O documento também incentiva o uso de tecnologias de emissões zero e baixa emissão, adaptadas às condições nacionais de cada membro do G20.

    Essa notícia, divulgada pela assessoria do Ministério de Minas e Energia, é um marco para o Brasil e para o governo do presidente Lula, que vem apostando em diplomacia e cooperação internacional para promover a transição energética global. "Este é um momento histórico. Como as maiores economias do mundo, temos os recursos e o conhecimento necessários para liderar essa transformação. Mas isso exige mais do que palavras; são ações concretas e urgentes que vão garantir um futuro sustentável para todos", destacou Silveira durante a coletiva de imprensa que encerrou os trabalhos da semana.

    A última vez que o grupo assinou um acordo foi em 2021, e o consenso atual reflete o esforço contínuo do Brasil em promover uma transição energética justa e acessível, como também destacou Silveira: "Não podemos mais adiar as decisões que precisam ser tomadas hoje. Com coragem, cooperação e uma visão comum, alcançamos um consenso vital para a salvaguarda do planeta."

    Acordos energéticos e compromissos com a sustentabilidade

    Entre os principais pontos da declaração conjunta está o apoio à expansão da capacidade de energias renováveis, ao mesmo tempo que os membros do G20 se comprometem a melhorar a flexibilidade e a estabilidade dos sistemas de energia. Isso inclui iniciativas de gerenciamento de demanda e a modernização da infraestrutura de redes elétricas. A declaração também reforça a necessidade de acelerar o uso de tecnologias de armazenamento de energia, como baterias e hidrelétricas de bombeamento.

    Outro destaque importante foi o compromisso de garantir acesso universal a métodos de cozimento limpos até 2030, através do suporte financeiro e tecnológico para os países em desenvolvimento. "Garantir o acesso a tecnologias limpas de cozimento é uma questão de saúde pública e de combate à pobreza energética", afirmou o ministro. Ele também ressaltou o lançamento do programa "Gás para Todos", que visa ampliar o acesso ao gás de cozinha para mais de 20 milhões de famílias no Brasil.

    Transição energética justa e inclusiva: compromisso brasileiro vira referência global

    Durante a reunião, Alexandre Silveira também celebrou a aprovação dos princípios para uma transição energética justa e inclusiva, proposta que havia sido apresentada por ele ao Papa Francisco em uma audiência no Vaticano, em maio deste ano. Esses princípios, agora incorporados ao compromisso do G20, visam garantir que a transição energética global não seja apenas um processo tecnológico, mas que também promova inclusão social, econômica e ambiental.

    Para Silveira, a transição energética precisa garantir que ninguém fique para trás, sendo uma ferramenta para erradicar a pobreza energética em todas as suas formas. “A energia elétrica e as tecnologias limpas para cozinhar devem ser acessíveis a todos, não podemos permitir que populações vulneráveis sejam excluídas desse processo.”

    A liderança do Brasil no G20 de energia coloca o país em destaque como um dos principais atores no debate global sobre sustentabilidade e transição energética. Com um olhar para o futuro, o governo brasileiro busca alinhar crescimento econômico com justiça social e responsabilidade ambiental.

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