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Dia do Idoso: como combater o etarismo no mercado de trabalho

O etarismo ocorre quando um trabalhador é discriminado com base em sua idade, seja ele considerado "muito velho" ou "muito jovem"

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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247 - Nesta terça-feira, 1º de outubro, é celebrado o Dia do Idoso. De acordo com a legislação brasileira, considera-se idosa a pessoa com 60 anos ou mais. O último Censo apontou um aumento de mais de 50% no número de idosos no Brasil. A estimativa, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é que, em 20 anos, um quarto da população brasileira seja composta por pessoas 60+. 

Apesar de estarem cada vez mais ocupando espaços, diversas pesquisas apontam o preconceito no mercado de trabalho para a população 60+. Para a especialista Gisela Castro, socióloga e professora da pós-graduação em Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM, passou da hora de rever as barreiras etárias no mercado de trabalho. “O último Censo demonstrou que o envelhecimento populacional no Brasil está mais acelerado do que se havia previsto. Há mais pessoas com 60 anos ou mais no Brasil do que jovens de 20 anos. Não faz sentido desperdiçar talentos devido ao idadismo. O combate ao etarismo deve ser um compromisso de responsabilidade social.” Para a professora é necessário promover a quebra de barreiras etárias em busca de uma sociedade para todas as idades, como preconiza a ONU.

Entendendo o etarismo

O etarismo ocorre quando um trabalhador é discriminado com base em sua idade, seja ele considerado "muito velho" ou "muito jovem" para desempenhar certas funções. Isso pode se manifestar em processos de recrutamento, promoções, e até na manutenção de empregos, quando colaboradores são preteridos ou desligados por motivos relacionados à idade.

Estudos apontam que trabalhadores mais velhos enfrentam barreiras para conseguir recolocação profissional, enquanto os mais jovens são frequentemente considerados inexperientes demais para assumir cargos de liderança. Essa prática não só afeta a autoestima e a qualidade de vida dos profissionais, mas também representa uma perda significativa de talentos para as empresas.

O papel das empresas no combate ao etarismo

Para combater o etarismo, as empresas precisam adotar práticas inclusivas que valorizem a diversidade etária. Isso passa pela criação de políticas de recursos humanos que incentivem a contratação e retenção de profissionais de todas as idades, oferecendo oportunidades de treinamento e desenvolvimento contínuos.

Além disso, é fundamental que líderes e gestores sejam treinados para reconhecer e evitar preconceitos relacionados à idade. Isso pode ser feito por meio de programas de conscientização e da promoção de uma cultura organizacional que valorize a experiência dos mais velhos e o frescor das ideias dos mais jovens.

Exemplos de boas práticas

Algumas empresas no Brasil já estão na vanguarda desse movimento, implementando iniciativas para combater o etarismo. Entre as boas práticas, destacam-se:

  • Mentoria intergeracional: programas que conectam trabalhadores mais velhos com os mais jovens promovem a troca de experiências e o desenvolvimento mútuo.
  • Recrutamento inclusivo: revisar descrições de vagas e critérios de seleção para eliminar preconceitos relacionados à idade é essencial para garantir a equidade nos processos de contratação.
  • Valorização da experiência: reconhecer que profissionais mais velhos têm competências e conhecimentos valiosos, muitas vezes adquiridos ao longo de décadas de carreira, e que devem ser aproveitados pela organização.

Um mercado de trabalho mais inclusivo para todos

O combate ao etarismo é uma responsabilidade coletiva. Empresas, governos e a sociedade como um todo precisam unir esforços para garantir que profissionais de todas as idades tenham as mesmas oportunidades de crescimento e desenvolvimento.

A diversidade etária traz inúmeros benefícios para o ambiente de trabalho, como a inovação, a troca de conhecimentos e o aumento da produtividade.

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