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    Liderança feminina colabora para maior inovação e lucratividade

    Especialista explica como empresas que praticam a equidade de gênero conseguem se sair melhor no mercado

    (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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    247 - As empresas já entenderam que inclusão e diversidade são pautas essenciais para que estejam alinhadas com as melhores práticas ESG e se destaquem no mercado como um todo. Aliado a isso, o pilar inovação vem formando a base dos novos negócios e a liderança feminina tem se mostrado um componente crucial para esse sucesso e transformação das organizações. 

    Este é o caso de Bia Nóbrega, uma executiva com quase 30 anos de experiência, cuja carreira multifacetada como palestrante, mentora, conselheira, escritora e professora reflete e impulsiona a evolução do papel das mulheres em posições de liderança. "Em um mundo líquido, onde as mudanças são rápidas e constantes, a capacidade de adaptação e inovação das lideranças femininas tem sido fundamental”, explica a especialista em Desenvolvimento Humano e Organizacional. 

    Ela conta que as mulheres trazem uma perspectiva única que enriquece a cultura organizacional, ampliando a capacidade das equipes em entender e atender às diversas demandas do mercado. Dados da segunda edição do estudo "Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil", realizado pelo IBGE, revelam que as mulheres ocupam 37,4% dos cargos gerenciais, ainda uma minoria em comparação aos homens, que detêm 62,6% desses postos. No entanto, elas são maioria no ensino superior, acumulando conhecimento teórico, técnico e científico que são essenciais para inovar e liderar no ambiente corporativo.

    O impacto da liderança feminina no desempenho das empresas é também tema do relatório "Women in Business and Management: The Business Case for Change", da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que conecta a redução da desigualdade de gênero no trabalho a um aumento significativo no PIB. Estudos mostram que uma redução de 50% na disparidade de gênero pode elevar o PIB em até 6% e que, se países como Alemanha e Estados Unidos alcançassem níveis de participação feminina no mercado de trabalho comparáveis aos da Suécia, o PIB global poderia aumentar em mais de 6 trilhões de dólares.

    “As empresas que investem em igualdade de gênero não só veem um aumento na rentabilidade, mas também benefícios em produtividade, criatividade e inovação, especialmente em áreas com maior diversidade”, pontua a especialista. Segundo outro estudo, que avaliou mais de 70 mil organizações em 13 países, foi constatado que as empresas com maior presença feminina na liderança registram aumentos de 10% a 15% na rentabilidade.

    “Nós, mulheres, fomos ensinadas a cuidar, o que pode ser a matriz de disparidades de gênero. Por outro lado, esse contexto nos ajudou a desenvolver soft skills importantes quando em comparação aos homens. Características distintas da liderança feminina, como evolução no trabalho em equipe, melhoria na comunicação interna e otimização dos resultados financeiros, contribuem para o desenvolvimento sustentável das empresas”, explica Bia. Além disso, a inteligência emocional e a nova perspectiva que as mulheres trazem para os negócios permitem uma gestão mais inclusiva e inovadora.

    Encorajar a liderança feminina e combater a discriminação no ambiente de trabalho são passos fundamentais para promover uma verdadeira transformação nas empresas. O Fórum Econômico Mundial sugere medidas práticas como a melhoria dos processos de recrutamento e a definição de políticas salariais justas e transparentes para garantir que as lideranças femininas não apenas prosperem, mas também impulsionem suas organizações para novos patamares de sucesso e inovação. 

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