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    Lula: 'seca é fenômeno da natureza, agora a morte de pessoas e animais era irresponsabilidade de quem governava'

    O presidente comentou sobre as obras do programa Água para Todos, que terá um investimento de R$ 30,8 bilhões até 2026

    Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
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    247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a importância da oferta de água principalmente para as pessoas mais pobres. Incorporado ao Novo PAC, o eixo Água para Todos estima um investimento de R$ 30,8 bilhões até 2026. Do total de recursos previstos, R$ 11,8 bilhões são para o sub eixo de infraestrutura hídrica e R$ 4,4 bilhões para revitalização de bacias hidrográficas. Relançado em 2023, o Programa de Aceleração do Crescimento prevê R$ 1,7 trilhão de investimento em todos os estados brasileiros.

    "A seca é um fenômeno da natureza, mas a morte de animais e de gente era por conta da irresponsabilidade de quem governava esse país", afirmou Lula durante entrega da primeira etapa da Adutora da Fé, em Bom Jesus da Lapa (BA).

    “É uma alegria vir aqui tratar de um tema extraordinário. É um programa que visa fazer com que a gente possa garantir que todo brasileiro possa ter água de qualidade para beber, tomar banho, cozinhar. A gente tinha condição de fazer, e provamos. Não só porque foi feito um canal grande, mas porque esse canal faz jorrar água pelo estado da Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará e Bahia", complementou.

    O governo federal disse que, em 2024, foram entregues 24 mil cisternas, 119 sistemas de dessalinização e 23 sistemas simplificados de acesso à água em aldeias indígenas.

    Segurança hídrica

    Nesta semana, o presidente Lula participou da inauguração do Complexo de Oiticica, no sertão do Seridó (RN). Incluída no contexto do programa Água para Todos, a obra beneficiará diretamente cerca de 294 mil pessoas em 22 municípios.

    A capacidade do reservatório será ampliada de 75,56 milhões para 742 milhões de metros cúbicos. Desde 2013, o governo federal investiu R$765 milhões na obra, sendo R$163,1 milhões na atual gestão via Novo PAC.

    São Francisco

    O Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf) é a maior obra de infraestrutura hídrica do país e faz parte da Política Nacional de Recursos Hídricos. Mais do que um marco da engenharia nacional, a transposição do Velho Chico representa uma solução histórica para a escassez de água no semiárido nordestino e tem como objetivo abastecer as demandas hídricas da população.

    O projeto garantirá a segurança hídrica para mais de 12 milhões de nordestinos em 390 municípios dos estados mais vulneráveis às secas: Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco.

    Para o secretário Nacional de Segurança Hídrica do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Giuseppe Vieira, garantir o acesso à água no semiárido e em regiões de baixa pluviosidade por meio do Pisf é uma prioridade. “Sua importância para o Nordeste setentrional é imensa, pois hoje milhares de pessoas no Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte recebem água de qualidade e em quantidade adequada graças à transposição. É um marco histórico para a segurança hídrica da região”, explicou o secretário.

    Obras

    As obras hídricas estruturantes que fazem parte do Pisf seguem em ritmo acelerado. No Ceará, o primeiro canal do Ramal do Salgado já alcançou 79% de execução, com previsão de entrega em 2027, beneficiando 5 milhões de pessoas no sertão. Já o Ramal do Apodi, extensão do Eixo Norte do Pisf, ultrapassou 72% de conclusão e deve entrar em operação em 2026, levando água a 54 cidades e 750 mil pessoas no Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

    Em Pernambuco, o Ramal do Agreste avança para atender 2,2 milhões de pessoas em 71 cidades, garantindo abastecimento contínuo e impulsionando o desenvolvimento da região. Com 70,8 km de extensão e dois reservatórios, o projeto também conta com 17 programas ambientais para mitigar impactos e fortalecer a sustentabilidade hídrica no Agreste pernambucano.

    Novos projetos

    O governo federal também está acelerando obras e contratando novos projetos para ampliar a infraestrutura hídrica e garantir o acesso à água em regiões vulneráveis. Além disso, o Governo Federal investe na expansão do monitoramento de mudanças climáticas

    Entre as ações em andamento, destacam-se a contratação de novas obras associadas à integração do Rio São Francisco, a conclusão do Lote 2 do Canal Acauã-Araçagi (PB) e a execução de projetos como o Ramal do Salgado, o Cinturão das Águas e a ampliação do Eixão das Águas (CE). Nos próximos anos, obras estratégicas serão concluídas, como trechos do Canal do Sertão Alagoano e do Canal do Sertão Baiano.

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