Plano de transformação ecológica pode impulsionar ainda mais o PIB, diz Haddad
“O Plano de Transformação Ecológica é uma espécie de cereja do bolo para o PIB”, disse o ministro
247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda-feira (14), em um evento promovido pelo Itaú, que o plano brasileiro de transformação ecológica pode impulsionar a economia, informa O Globo. Para Haddad, esse projeto deveria estar no alto da lista de preocupações da sociedade e do mercado, já que trará oportunidades de desenvolvimento para o Brasil.
“Queria dar um recado sobre a questão da transformação ecológica. Eu acho muito importante que mais e mais atores da sociedade, do mercado, da economia, quem for, é uma agenda de cidadão, coloque no alto das suas preocupações e oportunidades o plano de transição ecológica. Nós estamos falando pouco das oportunidades que estão se oferecendo para o Brasil. Eu penso que essas oportunidades podem, junto com Reforma Tributária, junto com o marco de garantia, junto com o marco de seguro, junto com todas as reformas que estão sendo feitas, com o apoio do Congresso, da sociedade, penso que o Plano de Transformação Ecológica é uma espécie de cereja do bolo, porque é o que pode dar um impulso ainda maior para o nosso PIB potencial. O nosso PIB potencial, pode hoje já ser superior ao que se pensava, mas nós temos condições de expandi-lo ainda mais se nós olharmos para as oportunidades que o Brasil apresenta para o mundo hoje”, disse o ministro.
Entretanto, Haddad aponta para as dificuldades que serão impostas pela propagação de um discurso contra a ciência e a tecnologia que está ganhando força na sociedade brasileira. “O desafio que está colocado, na minha opinião, você vê que mesmo gente que come com garfo e faca fala contra a vacina, fala contra a mudança climática, é uma situação que a mim vem de uma universidade, me preocupa. Esse discurso, ele está ganhando força, não está perdendo força. Nós imaginávamos que ele fosse ficar pra trás, e eu acredito que ele não tenha ficado pra trás. Existe um discurso distópico e anti-científico, em grande medida anti-democrático, intolerante, que, na minha opinião, não está perdendo espaço no Brasil. Essa é a minha opinião. Desse ponto de vista, me coloco no espectro político-geológico que se preocupa com isso. Porque isso não vai nos levar a um bom lugar. Nós vamos estar amarrados cada vez mais à questão da ciência, à questão das evidências empíricas, à questão das liberdades, à questão do respeito à diferença. É isso que vai fazer a prosperidade do Brasil”, destacou.
Para o ministro, nenhum país conseguir avanços negando as evidências científicas. “Eu estou vendo isso acontecer já há 10 anos, com a esperança das primaveras árabes. Vários regimes se fecharam a partir daquelas primaveras. O Brasil viveu isso em 2013. Tem vários elementos discutidos que causam alguma preocupação. Eu penso que a humanidade está precisando de mais centralidade do ponto de vista de racionalidade, de entender os problemas que estão colocados. As oportunidades tecnológicas e políticas de superação, que estão sendo, na minha opinião, muito mal aproveitadas”, criticou.
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