Silveira destaca o potencial verde do Brasil na era Trump

247 – O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), assumiu um papel estratégico no Fórum Econômico Mundial 2025, iniciado nesta segunda-feira (20) em Davos, Suíça. Sob orientação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Silveira tem como objetivo reforçar a imagem do Brasil como líder em sustentabilidade e destino seguro para investimentos em energia renovável. A informação foi divulgada pelo jornal Valor Econômico.

A presença de Silveira ocorre em um contexto global de incertezas, especialmente após o discurso de posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que enfatizou uma política energética focada em combustíveis fósseis. Tal postura gerou apreensão no mercado global de energias renováveis, com especialistas prevendo possível desvalorização de ações do setor nos EUA. Essa conjuntura, segundo o governo brasileiro, abre uma janela de oportunidade para atrair investidores ao Brasil.

"O Brasil está preparado para liderar no desenvolvimento de soluções sustentáveis, oferecendo um ambiente estável para investimentos em energia limpa, com destaque para o hidrogênio verde, biocombustíveis, energia solar e eólica", destacou Silveira em declarações anteriores.

Agenda em Davos: atração de recursos e encontros bilaterais

Silveira é o único representante do alto escalão do governo brasileiro no evento. Nesta terça-feira (21), o ministro participará de um painel dedicado ao mercado brasileiro, onde apresentará as oportunidades e vantagens competitivas do país no setor de energia renovável. Além disso, estão previstas reuniões reservadas com executivos de multinacionais e representantes de delegações estrangeiras para discutir investimentos em projetos sustentáveis.

A aposta do governo brasileiro está no fortalecimento de sua posição como líder em soluções verdes, especialmente em um momento em que o protecionismo energético dos Estados Unidos pode redirecionar o interesse de investidores globais. "O discurso de Trump nos dá a chance de reforçar o compromisso do Brasil com o futuro da energia limpa, um diferencial competitivo que o mundo não pode ignorar", teria afirmado uma fonte próxima ao governo.

O Fórum Econômico Mundial é visto como um espaço crucial para consolidar a imagem do Brasil como referência global em sustentabilidade, gerando crescimento econômico, empregos e renda com base em energias renováveis.