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    A melhor homenagem a Getúlio é continuar sua luta, diz Gleisi Hoffmann

    Presidente do PT diz que ex-presidente deu à vida para fazer do Brasil um país soberano

    Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

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    247 – Setenta anos após o suicídio de Getúlio Vargas, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais para relembrar o legado do ex-presidente. Em uma declaração contundente, publicada na plataforma X (antigo Twitter), Gleisi afirmou: "Há 70 anos Getúlio Vargas pagou com a vida pela ousadia de fazer do Brasil um país soberano. Nossa homenagem é continuar sua luta!"

    As palavras de Gleisi ecoam as ideias centrais de uma narrativa cuidadosamente construída ao longo das últimas décadas, que enaltece Getúlio como o líder que moldou a estrutura social e econômica do Brasil. A frase é uma reafirmação do compromisso do PT em dar continuidade aos ideais de soberania e justiça social que Vargas defendeu até seus últimos dias.

    A narrativa sobre Getúlio Vargas foi consolidada ao longo dos anos através de uma extensa pesquisa histórica, como exemplificado pelo livro "A Era Vargas", publicado há mais de duas décadas, em 2001. Escrita sob a sugestão de Leonel Brizola, essa obra, composta por três volumes, tornou-se uma referência obrigatória para quem deseja entender a complexa trajetória política de Vargas.

    Recentemente, uma versão atualizada e condensada desse trabalho foi lançada, agora em um único volume, em comemoração aos 70 anos da morte de Vargas. Esta nova edição busca não apenas recontar a história do ex-presidente, mas também contextualizá-la nos dias de hoje, onde as questões de soberania nacional e direitos trabalhistas, tão defendidas por Vargas, continuam a ser pontos de debate.

    Ao traçar um paralelo entre os desafios enfrentados por Vargas e os do Brasil contemporâneo, Gleisi Hoffmann reforça a importância de manter viva a luta por um país mais justo e independente. Vargas, que enfrentou forte resistência das elites econômicas e militares, foi o responsável por importantes avanços, como a criação do salário mínimo, a fundação da Petrobras, e a consolidação das leis trabalhistas. Ele é lembrado não apenas como o "pai dos pobres", mas como o líder que ousou desafiar os poderes estabelecidos para garantir uma vida digna para todos os brasileiros.

    Em sua mensagem, Gleisi destaca que a melhor forma de homenagear Vargas não é apenas relembrar seus feitos, mas continuar a luta por um Brasil soberano e socialmente justo. Ela sugere que, assim como Vargas previu a chegada de uma era em que os trabalhadores tomariam o poder, o Brasil de hoje deve continuar essa caminhada, enfrentando novos desafios, mas com o mesmo compromisso com o povo.

    A história mostra que os ideais de Vargas influenciaram gerações de líderes, incluindo João Goulart, que como presidente, deu continuidade às políticas trabalhistas de Getúlio, culminando com a criação do Estatuto do Trabalhador Rural. Esses avanços, no entanto, foram interrompidos pelo golpe militar de 1964, mas a luta por justiça social e soberania nacional continuou a ser uma bandeira, especialmente durante os governos de Lula e Dilma Rousseff.

    Ao reverenciar a memória de Getúlio Vargas, Gleisi Hoffmann também faz um chamado para a continuidade da resistência contra as forças que tentam reverter as conquistas sociais e trabalhistas no Brasil. Sua mensagem é um lembrete de que a luta por um país mais justo e soberano, que Getúlio iniciou e pagou com a própria vida, ainda não terminou.

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