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    'Abin paralela': Carlos Bolsonaro está na mira da Polícia Federal, diz Lindbergh

    Policiais federais cumpriram nesta quinta mandados de busca e apreensão contra ex-assessores de Carlos. Objetivo da investigação é chegar ao chefe do esquema de espionagem ilegal

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    247 - A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (11) a quarta fase da Operação Última Milha, que tem como objetivo desarticular a organização criminosa - apelidada de 'Abin paralela' - que se formou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro. 

    Foram presos quatro pessoas supostamente envolvidas no esquema de espionagem ilegal, de acordo com o R7: Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército e ex-assessor da Abin no governo Bolsonaro; Mateus Sposito, ex-assessor do Ministério das Comunicações no governo Bolsonaro; Marcelo Araújo Bormevet, agente da PF desde 2005 que atuou na segurança de Jair Bolsonaro no evento de Juiz de Fora em 2018; e Richards Dyer Pozzer, artista gráfico suspeito de disseminar fake news.

    Segundo o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), a operação vai além: "a Polícia Federal lançou uma nova fase da Operação Última Milha que investiga a chamada 'Abin Paralela'. Carlos Bolsonaro está entre os alvos de apuração pelo uso do software espião FirstMile pela Abin!", publicou o parlamentar no X, antigo Twitter. 

    Segundo informa o Metrópoles, a Operação Última Milha desta quinta teve como alvos de mandados de busca e apreensão ex-assessores do vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho de Jair Bolsonaro. Um dos atingidos é José Mateus Sales Gomes. 

    O objetivo da Polícia Federal é identificar quem era o chefe do esquema de espionagem ilegal instalado na Abin durante o governo anterior. Carlos Bolsonaro é um dos principais investigados no caso da 'Abin paralela', informa a Folha de S. Paulo. A PF apura o envolvimento de Carlos no uso do software espião FirstMile pela Abin para produzir relatórios sobre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e adversários políticos de Jair Bolsonaro, além de conseguir informações para alimentar o “gabinete do ódio” na produção de notícias falsas. 

    O grupo criminoso teria usado servidores da Abin lotados no Centro de Inteligência Nacional (CIN), órgão criado por Bolsonaro para planejar e executar "atividades de inteligência" destinadas "ao enfrentamento de ameaças à segurança e à estabilidade do Estado". Na época, a Abin era chefiada pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL), atual pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro. Servidores da Abin e policiais próximos a Ramagem foram colocados de chefia no CIN, o que fez com que  o órgão recebesse o apelido de “Abin paralela”. 

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