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    Acusado de desvio de recursos, gestor da Esh Capital é alvo de busca e apreensão em SP

    Os supostos desvios ocorreriam por meio de pagamentos da Esh Capital ao escritório de Verch, que cobraria valores superiores aos praticados no mercado

    Vladimir Timerman (Foto: Divulgação)

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    247 - A Polícia Civil de São Paulo cumpriu, na última semana, um mandado de busca e apreensão contra Vladimir Joelsas Timerman, gestor da Esh Capital, e seu advogado, César Augusto Fagundes Verch. A operação foi autorizada pela 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital. As informações foram divulgadas pela Band.

    A ação decorre de investigações conduzidas pela Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas. Segundo os autos, há indícios de que Timerman e Verch teriam criado estratagemas para ocultar a origem e a movimentação de valores desviados de um fundo de investimento gerido pela Esh Capital.

    Suspeitas de desvios milionários

    De acordo com a denúncia, os supostos desvios ocorreriam por meio de pagamentos da Esh Capital ao escritório de Verch, que cobraria valores superiores aos praticados no mercado. Parte desses recursos, conforme as investigações, era devolvida ao gestor por meio de transações nacionais e internacionais, incluindo o uso de uma offshore criada pelo advogado.

    Estima-se que os desvios somem cerca de R$ 5 milhões. O juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner, responsável pela decisão, também determinou a quebra de sigilo bancário e telemático nos endereços residencial e comercial de Timerman para aprofundar as apurações.

    Alerta do COAF

    O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) desempenhou papel crucial nas investigações ao identificar movimentações financeiras consideradas incompatíveis com o patrimônio declarado de Timerman. O órgão apontou "suspeita de transações de atividade não declarada" e "comportamento financeiro incompatível com a renda".

    Além disso, foram detectadas irregularidades em operações financeiras que ferem a Carta-Circular nº 4.001/2020 do Banco Central, sugerindo práticas de lavagem de dinheiro e ocultação de bens.

    Próximos passos

    A Polícia Civil busca esclarecer a origem e o destino dos recursos, bem como o papel desempenhado por cada envolvido. Embora o caso ainda esteja em fase de investigação, as informações iniciais reforçam a complexidade do esquema e sua possível abrangência internacional.

    Nem Vladimir Joelsas Timerman nem César Augusto Fagundes Verch se manifestaram publicamente até o momento. A defesa dos acusados não foi localizada para comentar o caso.

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