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    Alckmin projeta que Brasil dominará 75% das tecnologias de defesa até 2033

    A Missão 6 da Nova Indústria Brasil prevê R$ 112,9 bilhões em investimentos, sendo R$ 79,8 bilhões de recursos públicos e R$ 33,1 bilhões do setor privado

    Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, durante cerimônia de 1 ano da Nova Indústria Brasil e Missão 6: Soberania e Defesa nacionais (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
    Guilherme Paladino avatar
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    247 - O governo federal lançou nesta quarta-feira (12) as metas da Missão 6 da Nova Indústria Brasil (NIB), com foco no desenvolvimento de tecnologias estratégicas para a soberania e defesa nacionais. Com investimentos públicos e privados de R$ 112,9 bilhões, a iniciativa visa ampliar o domínio brasileiro em áreas como radares, satélites e foguetes. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, projetou que o Brasil dominará 55% das tecnologias críticas para a defesa até 2026 e 75% até 2033. Atualmente, o país detém 42,7% dessas tecnologias.

    A cerimônia de lançamento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Defesa, José Múcio, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, além de representantes do setor produtivo e da sociedade civil.

    Investimentos públicos e privados - A Missão 6 prevê R$ 112,9 bilhões em investimentos, sendo R$ 79,8 bilhões de recursos públicos e R$ 33,1 bilhões do setor privado. Os investimentos públicos incluem o PAC Defesa, que destinará R$ 31,4 bilhões para projetos como o caça Gripen, o cargueiro KC-390, viaturas blindadas, fragatas e submarinos.

    Já o setor privado aportará R$ 33,1 bilhões, distribuídos entre os setores aeroespacial e defesa (R$ 23,7 bilhões), nuclear (R$ 8,6 bilhões) e segurança e outros (R$ 787 milhões). Durante o evento, a Finep e o BNDES assinaram contrato com a Embraer para projetos de inovação no setor aeroespacial.

    Os recursos serão direcionados para fortalecer três cadeias produtivas prioritárias: satélites, veículos lançadores e radares. Esses setores foram escolhidos com base na existência de capacidades locais, potencial de geração de exportações de alta intensidade tecnológica e criação de empregos qualificados.

    Além disso, a Finep investirá em projetos estratégicos, como o reator multipropósito brasileiro e o foguete de decolagem para veículos hipersônicos, com R$ 4,2 bilhões já aplicados e previsão de mais R$ 331 milhões. O BNDES e o Banco do Brasil já apoiaram as exportações do setor com mais de R$ 23,75 bilhões, e o BNDES projeta mais R$20 bilhões em apoio até 2026.

    Impactos na indústria nacional - Alckmin destacou que a Missão 6 da NIB vai impulsionar o investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P&D&I), além de alavancar as exportações de produtos nacionais. “A NIB demonstra uma indústria mais inovadora e digital, mais verde e sustentável, que implementa todas as medidas de descarbonização e eficiência energética. É uma indústria mais exportadora, mais competitiva e produtiva”, afirmou.

    O diretor de desenvolvimento produtivo do BNDES, José Luis Gordon, definiu a NIB como uma revolução para o setor industrial. “Coloca a indústria no centro da agenda de desenvolvimento econômico do país, no centro da agenda de geração de emprego, no centro da agenda de crescimento”, avaliou.

    Contexto geral da NIB - A Nova Indústria Brasil já conta com R$ 3,4 trilhões em investimentos públicos e privados. O investimento público é de R$ 1,1 trilhão, incluindo recursos do Plano Mais Produção (P+P), braço financeiro da NIB, e de programas relacionados, como o Novo PAC e o Plano de Transformação Ecológica. Já o setor produtivo anunciou R$ 2,24 trilhões no fortalecimento da produção nacional nos próximos anos.

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