Alckmin vê tarifaço dos EUA como oportunidade para acelerar acordo Mercosul-União Europeia
Vice-presidente afirma que medida dos EUA prejudica o comércio global, mas pode acelerar negociação com europeus
247 - O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), avaliou que o aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos é prejudicial ao comércio internacional, mas pode acelerar a conclusão do acordo entre o Mercosul e a União Europeia.
Segundo Alckmin, a decisão do presidente norte-americano Donald Trump "enfraquece a OMC, diminui previsibilidade, cria insegurança para investimentos". Ele acrescentou que, em uma “guerra tarifária, todos perdem”, mas ponderou que o impacto pode ter um efeito colateral positivo: “vai acelerar o acordo Mercosul-UE”.
Na última quarta-feira (2), Trump determinou uma tarifa de 10% para produtos brasileiros, inferior à aplicada sobre itens chineses e europeus. “Mesmo o Brasil tendo ficado com a menor tarifa, para os outros países foi pior, para nós foi também ruim”, disse.
Indagado sobre o uso da Lei de Reciprocidade, aprovada nesta semana no Congresso, Alckmin respondeu que o governo “não pretende usar”. Para ele, o caminho é o da negociação: “A gente tem que respeitar a decisão de outros países e proteger e defender os produtos brasileiros (...). Já tem marcado para a próxima semana negociações entre as equipes técnicas, para a gente trabalhar”.
As novas tarifas dos EUA foram anunciadas como parte de uma política protecionista de Trump, que impôs sobretaxas de até 54% sobre produtos chineses e de até 25% sobre mercadorias de países da União Europeia. Para o Brasil, a tarifa única foi fixada em 10%.
(Com informações do portal Terra)
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