Aliados admitem que Bolsonaro será transformado em réu por intentona golpista: 'não há o que fazer'
Avaliação geral é de que o Supremo Tribunal Federal (STF) deverá aceitar a acusação da PGR, transformando Bolsonaro e seus aliados em réus
247 - Aliados próximos de Jair Bolsonaro reconhecem, nos bastidores, que não há mais o que fazer nesta fase do julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A avaliação geral, segundo a coluna do jornalista Valdo Cruz, do G1, é de que o Supremo Tribunal Federal (STF) deverá aceitar a acusação, transformando Bolsonaro e seus aliados em réus.
Com a primeira etapa do julgamento prestes a ter início nesta terça-feira (25), a estratégia da defesa e do entorno bolsonarista muda de foco: sai da esfera jurídica e entra com força total no campo político e digital. A quarta-feira (26), data em que a conclusão do julgamento é considerada provável, será o auge das tentativas de mobilização nas redes sociais.
Ministros do STF, por sua vez, evitam antecipar qualquer resultado. De forma unânime, têm afirmado que o processo deve seguir rigorosamente o rito legal. “Só após as sustentações orais dos advogados de defesa será possível votar”, disseram, ao serem questionados por jornalistas.
Embora a aceitação de uma denúncia não represente condenação, ela marca um novo estágio no processo judicial, com a abertura de uma ação penal formal e o início da tramitação como réu. Historicamente, quando há elementos consistentes que indicam a prática de crime, o Supremo tende a aceitar a denúncia.
Um aliado do ex-mandatário ouvido pela reportagem admitiu que, neste ponto, "o jogo já está jogado", sinalizando a percepção de que o resultado é inevitável. Mesmo assim, os defensores devem usar as sessões restantes para reforçar seus argumentos. Entre eles, a alegação de que o julgamento deveria ocorrer no plenário completo do STF, com os 11 ministros, e não apenas na Primeira Turma da Corte.
Além disso, o núcleo político bolsonarista continuará a insistir na tese de perseguição. A narrativa será mantida tanto nos discursos públicos quanto nas redes sociais, com ataques ao Supremo Tribunal Federal como parte central da estratégia para preservar apoio entre a base bolsonarista.
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