Alvo da PF, assessor de Braga Netto recebeu quase R$100 mil do PL em 2024
Diferentemente de Braga Netto, que teve seu salário cortado pelo PL em fevereiro após ser alvo de operação da PF, Peregrino continuou recebendo valores
247 - O coronel do Exército Flávio Peregrino, assessor do general Walter Braga Netto durante o governo Bolsonaro e no PL, foi alvo da Polícia Federal neste sábado (14) por participação em uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Segundo o Metrópoles, Peregrino recebeu pagamentos no valor de quase R$100 mil pelo partido em 2024. Diferentemente de Braga Netto, que teve seu salário cortado pelo PL em fevereiro após ser alvo de operação da PF, Peregrino continuou recebendo valores da sigla.
Conforme informações prestadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PL declarou que Peregrino recebeu seis pagamentos até junho deste ano, no valor total de R$14,7 mil, descritos como “serviços técnico-profissionais.” Além disso, foram registrados dois outros pagamentos em janeiro, lançados como “aluguéis e condomínios” na prestação de contas do partido, mas sem detalhes sobre a natureza desses gastos.
A situação amplia o cenário de pagamentos do PL, que já desembolsou quase R$700 mil em salários e benefícios para indiciados pela Polícia Federal no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. O partido utiliza seu fundo partidário e doações de pessoas físicas para financiar os salários de pelo menos cinco pessoas envolvidas no caso, incluindo o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, que já recebeu R$255,7 mil da legenda em 2024.
Peregrino foi mencionado no relatório final da PF sobre a tentativa de golpe. Segundo as investigações, a polícia encontrou em sua mesa, na sede do PL, um documento intitulado “perguntas e respostas” relacionadas à delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O relatório indica que as informações revelaram indícios de tentativa de acesso não autorizado a dados do acordo de colaboração firmado por Cid com a Polícia Federal.
O documento da PF destaca que o conteúdo expõe “perguntas feitas a Mauro Cid sobre o teor das reuniões e respostas relacionadas, possivelmente indicativas de preocupação do grupo envolvido com elementos da tentativa de golpe de Estado.”
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