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    Amorim rebate críticas de Zelensky e diz que o 'Brasil respeita o sofrimento do povo ucraniano'

    "Queremos contribuir para uma paz alcançável. Isso só será possível se levarmos em consideração as preocupações das partes, o que pressupõe diálogo entre elas", disse Celso Amorim

    Volodymyr Zelensky | Celso Amorim (Foto: Reuters)

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    247 - O assessor-chefe da Assessoria Especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Celso Amorim, rebateu as críticas do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e afirmou que o governo brasileiro tem conversado sobre a guerra na Ucrânia com vários interlocutores, inclusive ocidentais. Segundo ele, todos reconhecem o papel que a China exerce nesse processo.

    “Respeitamos o sofrimento do povo ucraniano. Queremos contribuir para uma paz alcançável. Isso só será possível se levarmos em consideração as preocupações das partes, o que pressupõe diálogo entre elas, preferencialmente com apoio de países que gozem de confiança de ambos”, disse Amorim ao jornal O Globo.

    Ainda conforme o diplomata, “quem ler com atenção a declaração conjunta sino-brasileira verá que há recado para todos, inclusive para a Rússia, cuja ação militar sem autorização da ONU o governo brasileiro nunca deixou de criticar”. Na semana passada, Brasil e China lançaram uma proposta conjunta para negociações de paz, enfatizando a inclusão tanto da Rússia quanto da Ucrânia. Esta proposta foi consolidada após uma reunião em Pequim entre Celso Amorim e o chanceler chinês Wang Yi.

    As declarações de Celso Amorim foram feitas após Zelensky insinuar que o Brasil estaria aliado à posição russa na Guerra na Ucrânia por razões comerciais. O mandatário ucraniano também demonstrou preocupação com a esperada ausência de Lula em uma conferência de paz convocada pela Suíça, este mês, para discutir a paz, para a qual a Rússia não foi convidada.

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