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    Após Moraes revogar cautelares, Bolsonaro e Valdemar se reencontram após um ano e retomam articulações políticas

    Ministro do STF revogou a restrição de contato entre Bolsonaro e o presidente do PL. Partido foca nas eleições de 2026 e anistia aos golpistas do 8/1

    Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Youtube)
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    247 - Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, se encontraram nesta quarta-feira (12) pela primeira vez em mais de um ano. O reencontro só foi possível após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revogar as medidas cautelares que impediam a comunicação entre os dois. Na terça-feira (11), um dia antes da reunião presencial, Bolsonaro e Valdemar já haviam conversado por telefone.

    Segundo a Folha de S. Paulo, o encontro ocorreu na sede do PL, onde Bolsonaro e Valdemar discutiram temas considerados estratégicos para o partido. Em seguida, foram juntos almoçar em uma churrascaria em Brasília. Segundo Bolsonaro, a principal pauta é a organização das candidaturas estaduais e a tramitação do projeto de lei que propõe anistia aos presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro.

    "O jogo começou a afunilar, com muitas candidaturas. Muita gente quer vir ao Senado, mas não tem vagas para todo mundo. Preciso conversar com Valdemar qual é o critério que a gente vai adotar. Em princípio, quem tem mandato estaria dentro, mas quem está queimado não vai disputar comigo sendo cabo eleitoral", declarou Bolsonaro a jornalistas na sede do PL, de acordo com a reportagem. O ex-mandatário ainda enfatizou que "prioridades serão nominata para o ano que vem, Congresso, e o PL da anistia, para nós, é prioridade".

    Já Valdemar Costa Neto comemorou a retomada do diálogo e brincou sobre o reencontro: "As bombas todas eu jogo na mão de Bolsonaro. Tava com muita [saudade]. Já dei um beijo nele hoje".

    No almoço, também estavam presentes a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o ex-ministro João Roma, o deputado Altineu Cortes (PL-RJ) e o senador Portinho (PL-RJ), além de assessores e dirigentes do partido.

    Em sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes destacou que, apesar do indiciamento de Valdemar pela Polícia Federal no caso da trama golpista de 2022, a Procuradoria-Geral da República (PGR) optou por não denunciá-lo. O ministro argumentou que "não estão mais presentes os requisitos necessários à manutenção das medidas cautelares anteriormente impostas".

    Com o fim das restrições, Valdemar Costa Neto também poderá reaver os bens apreendidos pela Polícia Federal em sua residência, incluindo quase R$ 54 mil em dinheiro vivo, três relógios de luxo e dois iPhones. Além disso, terá seu passaporte devolvido, recuperando, após 13 meses, o direito de deixar o país.

    A defesa de Valdemar celebrou a decisão. No pedido formal para o fim das medidas cautelares, o advogado Marcelo Bessa enfatizou que seu cliente não foi denunciado pela PGR. "Conquanto tenha inicialmente figurado como um dos investigados, o requerente foi acertadamente excluído da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República, circunstância suficiente para fazer cessar toda e qualquer medida cautelar pessoal ou patrimonial decretada em seu desfavor", afirmou a defesa no documento encaminhado ao STF.

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