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CGU investiga desaparecimento de dados do Ministério do Meio Ambiente no governo Bolsonaro

Pasta removeu do ar documentos públicos acumulados ao longo de quase 30 anos, incluindo um estudo de 2015 que previa fortes chuvas na região Sul

Jair Bolsonaro, floresta em chamas e o Ibama (Foto: REUTERS/Adriano Machado | REUTERS/Ueslei Marcelino | Divulgação/IBAMA)

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247 - A Controladoria-Geral da União (CGU)abriu  nesta sexta-feira (26) uma investigação sobre o desaparecimento de dados do Ministério do Meio Ambiente durante o governo Jair Bolsonaro (PL), diz o jornalista Guilherme Amado em sua coluna no Metrópoles. Segundo a reportagem, a pasta removeu do ar documentos públicos acumulados ao longo de quase 30 anos, incluindo um estudo de 2015 que previa fortes chuvas na região Sul e outras tragédias climáticas.

O Ministério do Meio Ambiente confirmou que diversos arquivos “ficaram extraviados” entre 2019 e 2022, durante todo o mandato de  Bolsonaro, quando o site da pasta foi transferido de endereço e que só conseguiu reaver o material “recentemente”. Servidores, contudo,  indicam que ainda há arquivos não recuperados.

A apuração preliminar da CGU, primeira etapa de uma investigação, foi solicitada pela Secretaria Nacional de Acesso à Informação e é conduzida pela Secretaria Federal de Controle. A Corregedoria entrará em ação caso haja indícios da participação de servidores na irregularidade. “A CGU trabalha de forma integrada para que a transparência seja a regra e o sigilo a exceção”, declarou a pasta.

O caso também está sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU). Na última terça-feira (23), o Ministério Público de Contas pediu ao TCU que investigue o apagão dos documentos públicos. O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado classificou a ação como um “flagrante atentado ao interesse público” e afirmou que os documentos foram suprimidos “inexplicavelmente”.

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