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    Chiquinho Brazão pede “prisão humanitária” e autorização para fazer cirurgia

    Suposto mandante do assassinato de Marielle Franco alega que seu quadro de saúde se agravou

    Chiquinho Brazão (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
    Otávio Rosso avatar
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    247 - Preso preventivamente desde março sob suspeita de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, o deputado federal Chiquinho Brazão protocolou, na véspera de Natal, um pedido de "prisão domiciliar humanitária" ao Supremo Tribunal Federal (STF). A solicitação, que está sendo analisada pelo ministro Alexandre de Moraes, inclui também autorização para que o parlamentar se submeta a uma cirurgia cardíaca. As informações são do Metrópoles.

    Em outubro, Brazão já havia solicitado a prisão domiciliar, alegando um estado de saúde fragilizado. Na ocasião, Moraes determinou que o Presídio Federal de Campo Grande realizasse uma avaliação médica do deputado. A defesa de Brazão, no entanto, afirmou que, com base em novos exames e relatórios médicos, o quadro de saúde do parlamentar se agravou, justificando a solicitação de medidas urgentes.

    A família de Brazão foi informada, na véspera de Natal, sobre a necessidade de uma consulta com um cardiologista, marcada para esta sexta-feira (27), para a avaliação de exames recentes e possível encaminhamento para uma cirurgia. Segundo a defesa, os laudos médicos apontam que, após a realização de uma angiotomografia coronária, foi constatada a necessidade de um estudo mais aprofundado através de cinecoronariografia, um exame invasivo que pode levar a uma cirurgia cardíaca.

    A cinecoronariografia é um procedimento utilizado para examinar as artérias do coração por meio de raios-X e pressão arterial, com acesso ao órgão sendo feito por inserção de um tubo em vasos sanguíneos no punho ou na virilha. O procedimento é indicado para detectar obstruções nas artérias e orientar o tratamento adequado.

    A defesa do parlamentar destaca que Chiquinho Brazão possui um histórico médico complexo, com hipertensão arterial, diabetes, e problemas cardíacos, além de ter realizado uma angioplastia com a colocação de stents. O quadro clínico do deputado também inclui doenças crônicas e metabólicas, episódios de hiperglicemia, variações na pressão arterial e um risco cardiovascular elevado, fatores que, segundo os advogados, tornam a sua permanência no sistema prisional inadequada para garantir os cuidados médicos necessários.

    "Nesse sentido, para além do risco cardíaco identificado por meio da angiotomografia coronária, a ultrassonografia das vias urinárias deixou ainda mais claro o perigo a que o postulante está exposto, de modo que o acentuado risco cardiovascular, diante desse quadro de múltiplas comorbidades, alcançou níveis que retiram do sistema prisional a capacidade de oferecer ao postulante os cuidados necessários indispensáveis à manutenção de sua saúde", argumenta a defesa de Brazão.

    No pedido protocolado, o deputado solicita que a prisão preventiva seja substituída por prisão domiciliar humanitária, com a imposição de tornozeleira eletrônica. Além disso, a defesa pede autorização para que Brazão possa se deslocar até o Hospital da Unimed, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde ele pretende realizar os tratamentos médicos necessários. Atualmente, o parlamentar encontra-se preso em Mato Grosso do Sul.

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