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    Mesmo preso, Chiquinho Brazão recebe mais de R$ 70 mil em salários da Câmara

    Os dados constam no portal de transparência da Câmara

    Chiquinho Brazão (Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados)
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    247 - O deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ) recebeu quase R$ 72 mil em salários desde março, quando foi preso após ser apontado por investigadores como um dos mandantes do assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL), morta por integrantes do crime organizado em março de 2018 na capital. Os custos do gabinete dele superam o valor de R$ 1,2 milhão para os cofres da Câmara. Os dados constam no portal de transparência da Câmara.

    O parlamentar deve continuar recebendo salário nos próximos meses. O processo de cassação contra o deputado não foi pautado para votação no plenário da Câmara e não ficou entre as prioridades na última semana de trabalhos antes do recesso. O gabinete de Chiquinho Brazão tem pelo menos 24 funcionários, de acordo com levantamento publicado na CBN.

    Em agosto, o Conselho de Ética da Câmara aprovou o parecer favorável à cassação de Brazão. Em setembro, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) negou o último recurso do parlamentar. Desde então, o caso está liberado para votação no plenário, mas não foi colocado na pauta pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

    Irmão do parlamentar, o conselheiro do Tribunal de Contas (TCE-RJ) Domingos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do estado do Rio, Rivaldo Barbosa, também foram presos. Uma das linhas de investigação apura se as denúncias de Marielle contra a exploração imobiliária ilegal no Rio teriam contrariado os interesses dos irmãos Brazão.

    Em 31 de outubro, o 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro condenou o ex-policial militar Ronnie Lessa a 78 anos, 9 meses e 30 dias de prisão. Réu confesso, ele deu os tiros que mataram Marielle. Outro condenado foi Élcio de Queiroz, a 59 anos, 8 meses e 10 dias - ele admitiu ter dirigido o carro de onde partiram os disparos. Domingos Brazão está preso na penitenciária federal em Porto Velho (RO). O seu irmão foi para a penitenciária federal de Campo Grande (MS), e Barbosa está na penitenciária federal de Mossoró (RN).

    Existem pelo menos 5 réus pelo assassinato. Além dos 3 (irmãos Brazão e o delegado), outra pessoa alvo da investigação é o Major Ronald, que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), monitorava a rotina de Marielle. Outro réu é Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, acusado de fornecer a arma usada no crime.

    Caso Marielle: PF faz operação para cumprir mandados de busca e apreensão
    Marielle Franco. Foto: Mídia NINJA


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