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      Cida Gonçalves repudia ofensa de Bolsonaro a mulheres: 'logo, logo ele será insignificante'

      Misoginia do ex-mandatário às vésperas do 8 de março gerou revolta na população brasileira

      Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
      Leonardo Lucena avatar
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      247 - A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves (PT), rebateu Jair Bolsonaro (PL) após o político da extrema-direita afirmar que mulheres petistas são "incomíveis", às vésperas do 8 de março, Dia Internacional da Mulher. De acordo com a titular da pasta, o ex-mandatário está inelegível e "logo será insignificante".

      "Não nos calaremos. Seguimos na luta por respeito e igualdade. Para quem se dizia imbrochável, hoje está inelegível e investigado. Logo logo, será insignificante", afirmou Cida.

      O ex-mandatário voltou “a atacar mulheres com sua prática misógina", continuou a ministra. Segundo ela, Bolsonaro quer “desumanizar e silenciar mulheres pelo simples fato de pensarem diferente dele".

      Um vídeo com a fala de Bolsonaro foi divulgado nesta quinta (6) por seu filho Jair Renan (PL). Na gravação, feita durante o Carnaval em Angra dos Reis, o ex-presidente diz que mulheres petistas são "feias" e costumam xingá-lo em aeroportos.

      Conforme destacou a ministra das Mulheres, Bolsonaro está inelegível desde junho de 2023, quando o Tribunal Superior Eleitoral condenou o político por declarações golpistas em 2022, ao afirmar a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.

      Além do cargo atual, Cida foi assessora da Coordenadoria à Mulher da Secretaria de Assistência Social, Cidadania e Trabalho do estado do Mato Grosso do Sul. Também foi secretária nacional da Violência Contra Mulher.

       

      Ações para as mulheres

      No final de fevereiro, o governo Lula, por meio do Ministério das Mulheres, criou o  Comitê de Articulação e Monitoramento das Políticas para as Mulheres. A iniciativa vai monitorar políticas para as mulheres executadas pelos ministérios. 

      Instituído pela Portaria 35 do MMulheres, o Comitê objetiva conhecer, acompanhar, monitorar e avaliar os impactos das iniciativas referentes às políticas para as mulheres implementadas pelos ministérios no âmbito de suas áreas de atuação, a partir do momento de pactuação, através de instrumentos legais, com o Ministério das Mulheres. 

      Veja outros programas anunciados pelo governo:

       Inauguração da Casa da Mulher Brasileira em locais como Teresina (PI), Palmas (TO), Macapá (AP), Vila Velha (ES), Aracaju (SE) e Goiânia (GO).

      Centro de Referência da Mulher Brasileira de Jataí, em Goiás. As demais unidades são em Santo Antônio do Descoberto (GO), Tubarão (SC), Guarapuava (PR), São Raimundo Nonato (PI), Francisco Beltrão (PR), Recanto das Emas (DF), São Sebastião (DF), Sobradinho II (DF), Águas Lindas de Goiás (GO), Cuiabá (MT) e Sol Nascente (DF).

      - Investimento em tornozeleiras eletrônicas: R$ 10 milhões do Ministério das Mulheres vai destinar R$ 10 milhões para apoiar os estados com a aquisição de tornozeleiras eletrônicas. A ação ocorre no âmbito da Lei Maria da Penha e protege as mulheres de seus agressores. O valor se soma aos R$ 3,9 milhões já liberados, por edital, para nove estados: Maranhão, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Acre, Bahia, Tocantins, Amazonas, Sergipe e Alagoas.

      - Mulheres da Paz: programa visa a formação de lideranças para o enfrentamento à violência de gênero e à misoginia, desenvolvido como parte do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). A iniciativa conta com um repasse de R$ 10 milhões do Ministério das Mulheres e investimentos de R$ 20 milhões do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

      - Plano Nacional de Ações do Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios. O pacto foi instituído em agosto de 2023, com o objetivo de prevenir todas as formas de discriminação, misoginia e violência de gênero contra mulheres e meninas, por meio da implementação de ações governamentais.

      - Programa Mulheres Indígenas Tecendo o Bem Viver: Os ministérios da Mulher e dos Povos Indígenas assinaram portaria conjunta que institui o Programa Mulheres Indígenas Tecendo o Bem Viver. Entre os objetivos estão fomentar iniciativas socioeconômicas promovidas por coletivos de mulheres indígenas, incentivar o protagonismo das mulheres indígenas e suas organizações e fortalecer as redes de proteção e ação coletiva, visando a promoção, a garantia de direitos e a prevenção às violências.

      ESPAÇOS DE PODER E DECISÃO

      - Política Nacional de Enfrentamento à Violência Política contra as Mulheres e assinatura de Acordo de Cooperação Técnica com TSE, PGE, MPF e CNJ para o estabelecimento de um protocolo de atendimento para mulheres que sofrem violência política.

      - Edital de estruturação de secretarias das Mulheres estaduais e distrital. O valor foi de R$ 3 milhões, sendo R$ 2,1 milhões para investimento, e R$ 900 mil para custeio, para celebração de termo de convênio com o Ministério das Mulheres;

      - Edital de apoio a projetos de formação política para mulheres: com R$ 4 milhões de investimento, iniciativa visa aumentar a participação das mulheres em espaços de poder e decisão. Com o nome “Igualdade de Decisão e Poder para Mulheres”, o edital será lançado este mês e terá como foco projetos de organizações da sociedade civil.

      AUTONOMIA ECONÔMICA

      - Programa Asas pro Futuro: com o intuito de ampliar a participação de jovens mulheres de periferia em setores de tecnologia, energia, infraestrutura, logística, transportes, ciência e inovação, com ênfase em carreiras voltadas para a sustentabilidade socioeconômica. A iniciativa visa beneficiar mulheres jovens de 15 a 29 anos em situação de vulnerabilidade social, preferencialmente mulheres negras e indígenas. Estão previstos investimentos de R$ 10 milhões para o programa e cerca de 20 mil mulheres jovens atendidas por ano. A ação é uma parceria com a Secretaria-Geral da Presidência da República e conta com o apoio da Caixa Econômica Federal.

      - Empodera Mulheres na TI: acordo de cooperação com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) com investimento social no valor de R$ 500 mil. Iniciativa irá atender cerca de 500 mulheres.

      - Programa Energia Mais Mulher: Programa Energia Mais Mulher: iniciativa em parceria com o Ministério de Minas e Energia tem como objetivo alavancar a carreira de mulheres do setor energético; e incentivar o ingresso de mulheres jovens. O acordo prevê reserva de 30% em cursos de qualificação profissional e 50% em formação social para mulheres jovens nas parcerias do MME.

      Declarações machistas e baixos investimentos

      Bolsonaro foi condenado por afirmar que a deputada federal Maria do Rosário (PT) "não merece ser estuprada porque é muito feia". Ele também já declarou que a repórter Patrícia Campos Mello, da Folha, queria "dar um furo a qualquer preço". Nos dois casos, a Justiça determinou o pagamento de indenizações às vítimas.

      Em 2022, pesquisas apontavam que as eleitoras preferiam Lula. Divulgado às vésperas do segundo turno, um levantamento do Datafolha indicava que o petista tinha 52% das intenções de voto entre as mulheres à época. Bolsonaro teve 41%.

      Durante seu mandato, o governo Bolsonaro propôs no Orçamento da União uma verba 94% menor para políticas de combate à violência contra mulheres, no comparação aos quatro anos imediatamente anteriores. Foi o que mostraram os números do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), uma organização não governamental sem fins lucrativos. Os valores foram corrigidos pela inflação no período.

      Entre 2020 e 2023, foram indicados R$ 22,96 milhões para políticas específicas (recursos carimbados) de combate à violência contra a mulher, conforme projetos de Orçamento enviados ao Congresso pela gestão bolsonarista. Nos Orçamentos de 2016 a 2019 (que não foram enviados por Bolsonaro), os recursos eram de R$ 366,58 milhões, queda de 94%.

      As agressões cometidas por Bolsonaro contra mulheres:

      27 de agosto de 1998 – Dá murro na cabeça de uma mulher

      Durante campanha eleitoral para se reeleger deputado federal, Bolsonaro esmurrou por trás a cabeça de Conceição Aparecida, então funcionária da Planajur, empresa de consultoria jurídica que prestava serviços para o Exército. Conceição discutiu com uma apoiadora de Bolsonaro e acabou esmurrada pelo então deputado. Além disso, o dono da empresa, Jorge dos Santos, contou ter sido agredido por seguranças. Na época, o Jornal do Brasil noticiou a agressão, e o próprio Bolsonaro admitiu ao jornal ter cometido a violência.

      Março de 2011 – Ofende a cantora Preta Gil

      Bolsonaro participava de um programa de tevê no qual respondia perguntas enviadas por diferentes personalidades. A cantora Preta Gil havia gravado a seguinte questão ao então deputado federal: “Deputado Jair, se seu filho se apaixonasse por uma negra, o que você faria?”. 

      Bolsonaro respondeu, como pode ser visto aqui: “Ô, Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco. E meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como, lamentavelmente, é o teu”.

      Julho de 2011 – Ex-mulher afirma ter sido ameaçada de morte por Bolsonaro

      Em 2011, a Embaixada do Brasil na Noruega entrou em contato com Ana Cristina Valle, mãe do quarto filho de Bolsonaro, Jair Renan. O vice-cônsul (VC) da representação questionou por que Ana Cristina havia se mudado para o país europeu com o filho, então adolescente, sem uma autorização expressa do pai. Ela, então, disse que havia sido ameaçada de morte por Bolsonaro e questionou se poderia pedir asilo na Noruega. A afirmação de Ana Cristina foi registrada em uma comunicação diplomática (veja abaixo) e noticiada por diferentes jornais, como a Folha de S. Paulo e o Correio Braziliense.

      2012 – Admite outra agressão a mulher

      Durante outra entrevista ao extinto programa CQC, Bolsonaro admite ter batido em mulher, mas conta outro episódio, diferente do de 1998.“Era garoto na Eldorado, uma menina forçou a barra para cima de mim”, disse, como se fosse uma justificativa aceitável.

      Dezembro de 2014 – “Ela não merece ser estuprada porque é muito feia”

      Em 9 de dezembro de 2014, no Plenário da Câmara, Jair Bolsonaro cometeu um ataque contra a deputada Maria do Rosário (PT-RS) e todas as mulheres, pelo qual acabou condenado, pagou multa e teve de pedir desculpas publicamente.

      Maria do Rosário acabara de fazer um discurso defendendo que os torturadores da ditadura militar fossem responsabilizados. Bolsonaro, que sempre defendeu torturadores, tomou a palavra em seguida e se dirigiu à deputada de maneira agressiva: “Não saia, não, Maria do Rosário, fique aí. Há poucos dias, você me chamou de estuprador no Salão Verde e eu falei que eu não estuprava você porque você não merece. Fique aqui para ouvir”.

      Na verdade, quando usou a expressão “há poucos dias”, Bolsonaro se referia a outro ataque seu contra Maria do Rosário 11 anos antes, em 2003. Na ocasião, a deputada do PT disse que, com seus discursos e posições políticas, Bolsonaro promovia a violência contra a mulher. Bolsonaro, então, disse: “Eu sou o estuprador agora? Não vou estuprar você porque você não merece”. Ele ainda chamou a parlamentar de “vagabunda” e a empurrou.

      Não satisfeito de lembrar desse ataque, Bolsonaro voltou a ele no dia seguinte, em entrevista ao jornal Zero Hora. Perguntado por que havia dito que a deputada “não merece ser estuprada”, ele afirmou:“Ela não merece porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia, não faz meu gênero, jamais a estupraria. Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar porque não merece”.

      Maria do Rosário não se intimidou e processou Bolsonaro, que acabou condenado por danos morais, teve de pagar multa e ainda precisou pedir desculpas publicamente. A multa paga por Bolsonaro foi doada por Maria do Rosário a sete entidades de defesa dos direitos das mulheres. Ao fazer a doação, de mais de R$ 20 mil, a deputada celebrou: “O dinheiro do machista vai para as feministas”.

      Dezembro de 2014 – Diz achar justo que mulheres ganhem menos que os homens porque engravidam

      Na mesma entrevista ao jornal Zero Hora, em 2014, Bolsonaro disse achar justo uma mulher ganhar menos que um homem para fazer o mesmo trabalho. O motivo seria o de que uma mulher pode engravidar e tirar licença maternidade. “Eu sou um liberal, se eu quero empregar na minha empresa você ganhando R$ 2 mil por mês e a Dona Maria ganhando R$ 1,5 mil, se a Dona Maria não quiser ganhar isso, que procure outro emprego! (…) Eu que estou pagando, o patrão sou eu”, disse. No mesmo ano, ao ser entrevistado na Rede Tv!, Bolsonaro voltou a ser questionado sobre o tema e disse que, se fosse empresário, “não empregaria (uma mulher) com o mesmo salário“.

      Abril de 2017 – Diz que teve uma filha após ter tido quatro filhos porque deu “uma fraquejada”

      A fala, que ocorreu durante palestra no Clube Hebraica, foi a seguinte: “Fui com os meus três filhos, o outro foi também, foram quatro. Eu tenho o quinto também, o quinto eu dei uma fraquejada. Foram quatro homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio mulher”.

      8 de março de 2019 – Ri do fato de ter 20 ministros e só duas ministras

      Foi só se tornar presidente que Bolsonaro voltou a se mostrar como realmente é. Desde os primeiros meses de governo, ele proferiu incontáveis frases machistas e preconceituosas, sendo acompanhado nesse comportamento por alguns de seus ministros. Tanto que, em junho de 2021, a Justiça Federal ordenou que a União pagasse R$ 5 milhões de indenizações por falas machistas de Bolsonaro, do ministro da Economia, Paulo Guedes, e da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.

      Uma das primeiras vezes que Bolsonaro ofendeu as mulheres após se tornar presidente foi justamente no Dia Internacional da Mulher, quando afirmou: “Pela primeira vez na vida o número de ministros e ministras está equilibrado em nosso governo. Temos 22 ministérios, 20 homens e duas mulheres”. 

      Abril de 2019 – Faz apologia ao turismo sexual no Brasil

      Nessa ocasião, Bolsonaro se disse contra a vinda de turistas gays para o Brasil e emendou: “Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade”. Além de homofóbica, a frase foi condenada como extremamente machista. Bolsonaro mostrou completa insensibilidade à situação das brasileiras vítimas da exploração sexual causada por esse tipo de turismo. Em resposta, estados brasileiros lançaram campanhas contra a exploração sexual.

      2020 e 2021 – Volta seu ódio a mulheres que trabalham na imprensa

      Nos segundo e terceiro anos de governo, Bolsonaro continuou a se mostrar desrespeitoso com as mulheres de maneira geral, mas chama a atenção o fato de ele ter voltado seu ódio para as jornalistas, numa clara tentativa de inibir o exercício da imprensa no país. Veja algumas dessas agressões às profissionais de mídia:

      – Em fevereiro de 2020, rebateu denúncia da jornalista Patrícia Campos Mello, sobre possíveis irregularidades na sua campanha eleitoral, dizendo que a profissional “queria dar o furo”. “Ela [repórter] queria um furo. Ela queria dar o furo”, disse a apoiadores no cercadinho em frente ao Palácio da Alvorada.

      – Em 21 de junho de 2021, em Guaratinguetá, Bolsonaro mandou a repórter Laurene Santos, da TV Vanguarda, afiliada da Globo, “calar a boca”. Isso só porque a jornalista questionou o fato de ele ter chegado ao local sem usar máscaras, conforme exigia uma lei do estado de São Paulo, por causa da pandemia de Covid-19.

      – Quatro dias depois, Bolsonaro perdeu o controle ao ser indagado sobre o atraso de vacinas contra a Covid-19 e o escândalo dos contratos do imunizante indiano Covaxin. O presidente mandou Victoria Abel, da Rádio CBN, voltar para a faculdade, e que ela “deveria na verdade voltar para o ensino médio, depois para o jardim de infância e aí nascer de novo”. Em outro momento, disse: “Você está empregada aonde? (sic)”. Na mesma ocasião, aos gritos, e em tom ameaçador, dirigiu insultos à Adriana de Luca, da CNN Brasil: “Pare de fazer perguntas idiotas”.  

      – Durante conversa com apoiadores na entrada do Palácio Planalto, Jair Bolsonaro xingou a jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, de “quadrúpede”.

      2022 – Diz não acreditar nas pesquisas que mostram rejeição das mulheres a ele

      Em mais um de suas interações com apoiadores, Bolsonaro diz não acreditar nas pesquisas que mostram como as mulheres o rejeitam. “Segundo pesquisa, as mulheres não votam em mim, a maioria vota na esquerda. Agora, não sei, pesquisa a gente não acredita”.

      A realidade, porém, é que as mulheres já perceberam que esse governo pretende levá-las de volta ao passado e a uma condição submissa, tirando suas possibilidades de emprego, minimizando sua capacidade de atuar politicamente e empoderando homens violentos e intolerantes que rebaixam suas parceiras. Tanto que dias antes de Bolsonaro dar essa declaração, pesquisa do PoderData afirmava que, entre as eleitoras brasileiras, Lula tem o dobro das intenções de voto que ele: 44% x 22%.

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