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    Com cassação dada como certa, Moro deve recorrer ao TSE em junho. Saída de Moraes pode ser chave

    Ambiente no TSE deve estar mais receptivo à argumentação de Moro com a próxima presidente do tribunal, a ministra Cármen Lúcia

    Sergio Moro (Foto: Agência Senado )

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    247 - Em uma estratégia para confrontar os desafios jurídicos à sua frente, o ex-juiz suspeito e hoje senador, Sergio Moro, parece preparar um movimento audacioso ao visar a recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho, apostando em uma conjuntura mais favorável após a saída do ministro Alexandre de Moraes do tribunal. A informação é da jornalista Carolina Brígido, do portal UOL.

    O cenário se complica para Moro com o início do julgamento de cassação pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) nesta segunda-feira, 1º de abril, marcando o começo de uma série de três sessões que poderão definir seu futuro político.

    Fontes internas ao TRE-PR apontam que a condenação do ex-juiz da Lava Jato é vista como uma certeza entre os desembargadores, uma perspectiva que força a defesa de Moro a já considerar os próximos passos no âmbito superior, no TSE. A expectativa é de que o julgamento de um possível recurso seja postergado para depois de junho, quando se espera que o ambiente no TSE esteja mais receptivo à argumentação de Moro, principalmente devido à alteração na composição do tribunal.

    A saída de Alexandre de Moraes, programada para o dia 3 de junho, e a subsequente assunção de Cármen Lúcia à presidência do TSE, juntamente com a entrada de André Mendonça ao plenário, poderia inclinar a balança a favor de Moro. Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro, ex-aliado de Moro, junto à histórica disposição de Cármen Lúcia em apoiar as decisões de Moro durante a Lava Jato, sinaliza uma luz no fim do túnel para o senador.

    O julgamento em andamento no TRE-PR se baseia em acusações sérias de abuso de poder econômico, político e uso indevido de meios de comunicação durante a campanha ao Senado, com um relatório detalhando alegações inclusive de caixa dois, envolvendo a contratação de um escritório de advocacia ligado ao primeiro suplente de Moro, em um acordo de R$ 1 milhão financiado pelo União Brasil.

    Com o Ministério Público já posicionando-se a favor da cassação, a defesa de Moro busca desesperadamente estratégias para driblar a possível condenação, com olhos fixos no mês de junho como um ponto de virada crucial em sua batalha legal e política. A transmissão ao vivo das sessões pelo canal do YouTube do TRE-PR permite ao público acompanhar em tempo real os desdobramentos desse caso que promete agitar o cenário político nacional.

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