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      Comissão da Câmara aprova moção de repúdio contra Mário Frias por declaração capacitista

      Deputados criticam declaração do parlamentar sobre inclusão e defendem direitos das pessoas com deficiência

      Mario Frias (Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil)
      Laís Gouveia avatar
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      247 - A Comissão das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (1), uma moção de repúdio contra o deputado federal Mário Frias (PL-SP) por uma publicação considerada capacitista. A informação é do portal Metrópoles. A manifestação do parlamentar, divulgada no último dia 24 de março, criticava medidas de inclusão e afirmava que "essa ladainha de inclusão deve ser eliminada da direita".

      No texto da moção, os parlamentares afirmam que as palavras de Frias "não apenas desrespeitaram as lutas históricas das pessoas com deficiência, mas também afrontaram de forma cruel e inadmissível um dos princípios mais sagrados da República: a dignidade da pessoa humana". O colegiado enfatizou que a defesa dos direitos das pessoas com deficiência "não é uma questão ideológica, mas um compromisso inegociável com a justiça e a igualdade".

      O presidente da comissão, deputado Duarte Jr., lamentou que o parlamentar não pudesse ser convocado para prestar esclarecimentos, mas o convidou a comparecer ao colegiado: "Infelizmente, não podemos convocá-lo, mas convido e até desafio o ex-ator de Malhação a comparecer à comissão e aprender um pouco mais sobre inclusão".

      A declaração de Frias gerou ampla repercussão negativa. A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) manifestou-se contra as falas do parlamentar, classificando-as como um "desrespeito sem tamanho" a pessoas com deficiência, neurodivergentes e outros grupos historicamente minorizados. "Sem inclusão, não há democracia. Não é ladainha, é direito. É condição básica para construirmos uma sociedade onde todos e todas tenham o direito de serem quem são, respeitando a suas humanidades", destacou Kokay.

      A polêmica ocorre em um momento de intensificação dos debates sobre direitos das pessoas com deficiência e políticas públicas de inclusão. O caso também reacende discussões sobre discursos discriminatórios dentro do ambiente político brasileiro e a necessidade de comprometimento com princípios democráticos e inclusivos.

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