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Comunicado do Centro Carter sobre eleição na Venezuela é "relevante", avalia governo brasileiro

No momento, orientação da diplomacia brasileira é manter a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro para que as atas eleitorais sejam divulgadas

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, celebra resultado da eleição, em Caracas 29/07/2024 (Foto: REUTERS/Fausto Torrealba)

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247 – O Centro Carter, uma organização pró-democracia fundada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, emitiu, na noite de terça-feira (30), uma nota afirmando que as eleições na Venezuela não podem ser consideradas democráticas. Após a publicação do comunicado, o texto foi compartilhado por interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), repercutindo no governo brasileiro.

Conforme relatou a CNN nesta quarta-feira (31), fontes do Itamaraty consideram a posição do Centro Carter como "relevante" e "contundente", embora descartem qualquer mudança na postura do Brasil. Por enquanto, a orientação da diplomacia brasileira é continuar pressionando o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro para que as atas eleitorais sejam divulgadas.

As atas são documentos detalhados sobre o número de votos e os resultados em cada urna.

Ainda na terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou pela primeira vez sobre o impasse envolvendo a eleição presidencial na Venezuela. Em uma declaração feita em entrevista exclusiva, no Palácio da Alvorada, à TV Centro América, o chefe do Executivo afirmou que é necessário apresentar as atas de votação para “resolver a briga” política no país vizinho.

"É normal que tenha uma briga. Como resolve essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com um recurso e vai esperar na Justiça o processo. E vai ter uma decisão, que a gente tem que acatar. Eu estou convencido que é um processo normal, tranquilo", afirmou Lula.

No domingo (28), o Conselho Eleitoral Nacional (CNE) declarou a vitória de Maduro nas eleições, com 51,2% dos votos, superando o candidato da oposição, Edmundo González, que obteve 44%. Os resultados, porém, estão sendo contestados pela direita venezuelana.

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