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    Declarações de Ramagem em interrogatório da PF sobre 'Abin paralela' não convencem investigadores

    Segundo os investigadores, as respostas fornecidas por Ramagem ao longo de sete horas contradizem as provas e evidências reunidas no inquérito

    Alexandre Ramagem, diretor-geral da Abin no governo Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação I Abin I Agência Brasil )

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    247 - O ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), não conseguiu convencer a Polícia Federal durante o interrogatório realizado na última quarta-feira (17), diz a jornalista Bela Megale em sua coluna no jornal O Globo. 

    Segundo os investigadores, as respostas fornecidas por Ramagem as 130 perguntas feitas ao longo de sete horas contradizem as provas e evidências reunidas no inquérito que investiga a existência de uma “Abin Paralela” que teria monitorado ilegalmente autoridades, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), críticos e opositores do governo Jair Bolsonaro (PL).

    Uma das declarações que gerou desconfiança foi a de que Jair Bolsonaro teria solicitado que ele registrasse a reunião com as advogadas do parlamentar em que foi discutida uma estratégia para blindar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) de uma investigação da Receita Federal no caso das “rachadinhas”.

    Ainda conforme a reportagem, os investigadores da PF consideram sem sentido a gravação de uma reunião onde, segundo eles, foram cometidos diversos crimes. Atualmente, os policiais federais estão examinando o computador de Ramagem, onde o áudio da reunião estava armazenado, em busca de novas gravações. A suspeita é de que existam outros áudios que possam confirmar se Ramagem está dizendo a verdade ao afirmar que o pedido para realizar a gravação partiu do ex-mandatário. 

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