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    Defesa de Braga Netto diz que general não obstruiu investigações

    General foi preso acusado de integrar plano golpista e tentar acessar dados de delação; advogados questionam falta de acesso completo ao inquérito

    General Braga Netto (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)

    247 – A defesa do general Walter Braga Netto, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice-presidente na chapa derrotada em 2022, afirmou neste sábado (14) que “não houve qualquer obstrução às investigações”. Braga Netto foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) sob a acusação de participação em um suposto plano de golpe de Estado articulado após o resultado das eleições presidenciais vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Os advogados Luis Henrique César Prata, Gabriella Leonel Venâncio e Francisco Eslei de Lima, responsáveis pela defesa do general, divulgaram nota ressaltando confiança no devido processo legal. “Teremos a oportunidade de comprovar que não houve qualquer obstrução às investigações”, declararam.

    Braga Netto também é investigado por supostamente tentar obter informações sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), a prisão preventiva do general foi necessária para evitar interferências nas investigações.

    Depoimentos obtidos no inquérito apontam que, em fevereiro de 2024, Mauro Cid afirmou que Braga Netto e outros intermediários procuraram seu pai, o general Mauro Lourena Cid, para obter dados sobre sua colaboração premiada. As tentativas de acesso a essas informações levantaram suspeitas de tentativa de interferência.

    Defesa questiona transparência do processo

    Os advogados de Braga Netto destacaram que ainda não tiveram pleno acesso aos autos do inquérito que fundamentou a prisão. “Registra-se que a Defesa se manifestará nos autos após ter plena ciência dos fatos que ensejaram a decisão proferida”, disseram na nota.

    A defesa considera a prisão preventiva uma medida desproporcional e argumenta que o general nunca tentou obstruir ou atrapalhar as investigações. Apesar das declarações, o caso segue gerando grande repercussão, com autoridades e juristas dividindo opiniões sobre a condução do processo.

    Com a prisão, a defesa deve intensificar os esforços para reverter a medida, pedindo maior transparência sobre as provas apresentadas pela PGR. Enquanto isso, o caso reforça os desdobramentos das investigações sobre tentativas de minar o resultado das eleições de 2022 e seus impactos na democracia brasileira.

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