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    Defesa de Lourena Cid diz que ele não fará delação e que colaboração de Mauro Cid 'foi confirmada por generais'

    General da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, prestou depoimento à PF nesta terça-feira

    Mauro Cesar Lourena Cid (Foto: Roberto Oliveira/Alesp/Divulgação)

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    247 - O general da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, negou a intenção de fazer um acordo de delação premiada semelhante ao celebrado por seu filho junto à Polícia Federal (PF). "O general não fará nenhuma colaboração premiada", disse o advogado Cezar Bittencourt, de acordo com a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1.

    Nesta terça-feira (26), o general compareceu à sede da PF em Brasília. Ele prestou depoimento por quase três horas no âmbito das investigações das quais é alvo. Ainda conforme Bittencourt, o depoimento transcorreu "sem surpresas".

    Um dos pontos abordados durante o interrogatório foi a questão das joias sauditas recebidas por Jair Bolsonaro (PL) que deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio da União, mas que o ex-mandatário tentou se apropriar. Lourena Cid é investigado pelo envolvimento na tentativa de venda dos itens nos Estados Unidos.

    Segundo a reportagem, Bittencourt afirmou que o general disse aos investigadores que “apenas procurou avaliar dois conjuntos que recebeu de suas viagens no exterior”. Ainda conforme o defensor, os avaliadores em Miami informaram que os presentes não tinham valor algum epor serem feitos de latão.

    Além disso, o general informou à Polícia Federal que possuía cerca de US$ 68 mil durante a viagem ao exterior, destinados a realizar algumas compras. O depoimento, que foi transcrito em três folhas, detalhou esses e outros aspectos levantados durante o interrogatório.

    Cezar Bittencourt, que representa tanto o general Lourena Cid quanto seu filho, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também disse que o vazamento de áudios em que o tenente-coronel critica a condução da sua colaboração premiada pela PF e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes não coloca em risco a delação. “É um erro afirmar que a delação de Cid estaria em perigo. Os generais ouvidos confirmaram a sua versão”, destacou Bittencourt.

    Mauro Cid foi preso na sexta-feira (22) por determinação do ministro Alexandre de Moraes após depor por cerca de uma hora no âmbito do inquérito que apura os áudios vazados que foram divulgados pela revista Veja. A prisão de Cid foi decretada por descumprimento de medidas judiciais e por obstrução de justiça, conforme afirmado pelo STF.

    Mauro Cid havia feito um acordo de colaboração premiada após ser preso no âmbito do inquérito que investiga fraudes em certificados de vacinação contra a Covid-19, além de cooperar em investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado no governo Bolsonaro.

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