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    Esquema contra Moraes foi descoberto após suborno e ameaça de morte contra delegada

    As informações embasaram a decisão do ministro em suspender a plataforma X no Brasil

    Alexandre de Moraes (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

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    247 - Um esquema de vazamento de dados pessoais do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), embasou a decisão que suspendeu a rede social X no Brasil, revela reportagem do UOL.  A descoberta foi feita por meio de uma investigação da Polícia Federal sobre uma tentativa de suborno da delegada federal Denisse Ribeiro, que comandou a Operação Acrônimo, deflagrada em 2015.

    Durante um desdobramento da operação, a PF suspeitava de fraude em campanhas eleitorais e cumpriu busca e apreensão na construtora JHSF. Os agentes encontraram documentos que indicavam o pagamento de R$4 milhões entre 2010 e 2014 para um escritório de advocacia ligado a Alexandre de Moraes. O caso foi arquivado.

    No entanto, a investigação sobre as ameaças a Moraes e a delegados identificou que um dos sócios da construtora teve seus dados devassados pelo menos duas vezes em 2024, pouco tempo antes de e-mails com informações dele serem enviados à Denisse. As mensagens citavam uma campanha do blogueiro foragido Allan dos Santos que anunciava o pagamento de US$5 milhões para quem obtivesse provas de envolvimento do ministro na Operação Acrônimo.

    Os e-mails eram assinados por Tacitus e usavam dados para tentar subornar Denisse, em um esquema de exposição e intimidação de agentes federais que trabalham em investigações conduzidas por Moraes.

    A situação era monitorada pela PF, que instaurou inquérito para investigar o "Projeto Exposed", que visava expor os agentes federais. O UOL revelou um esquema de intimidação de delegados federais que atuam em casos do ministro. A estratégia contou com o acesso irregular em massa de dados pessoais dos envolvidos.

    A exposição dos agentes envolveu ameaças veladas na porta de casa, coação virtual e vazamento de fotos, entre outros. As informações constam de um relatório da Polícia Federal utilizado para embasar a decisão do ministro em suspender a plataforma X no Brasil, em agosto.

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