“Estão cometendo um crime contra o Brasil”, diz Cappelli sobre aumento da taxa de juros
Presidente da ABDI critica “rentistas parasitários” que pressionam governo por cortes de gastos para receberem bilhões do orçamento público
247 - O presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, criticou nesta quinta-feira (7) o aumento da taxa de juros de 10,75% para 11,25% após decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Segundo Cappelli, a iniciativa do Copom vai frear a economia brasileira e interromper a alta na criação de empregos, influenciando diretamente no bolso dos brasileiros.
“A prestação daquilo que você comprou ou daquilo que você está pensando em comprar no Natal vai ficar ainda mais cara. O que eles querem é frear a economia, parar com a criação de empregos. Eles estão cometendo um crime contra o Brasil. Eles argumentam que o problema é que a dívida do Brasil é muito grande. Isso é uma cascata. O Brasil tem, agora, a terceira taxa de juros mais alta do mundo. Mas os países que têm taxa de juros menores que o Brasil tem uma dívida igual ou menor que a dívida brasileira”, disse.
Cappelli também criticou a pressão para que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promova cortes em gastos sociais em tocar nos privilégios dos mais ricos. “Eles querem que o governo do presidente Lula corte o BPC, corte o salário mínimo, corte a aposentadoria, corte recursos da saúde e da educação, para que eles, os banqueiros e rentistas parasitários, continuem recebendo centenas de bilhões de reais do orçamento públicos. Precisamos enfrentá-los e trocar os limites por ousadia para garantir o desenvolvimento do Brasil, a geração de empregos e a justiça para o povo brasileiro”, defendeu.
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