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    Estratégia de defesa de Bolsonaro não se sustenta diante das apurações, avalia PF

    Advogados do ex-presidente afirmam que ele discutiu apenas opções previstas na Constituição

    Jair Bolsonaro. Foto: Divulgação

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    247 - A Polícia Federal avalia que a estratégia de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)  não se sustenta diante do relatório final da corporação sobre o inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado no Brasil em 2022, informa o g1. Os advogados e Bolsonaro têm defendido a tese de que tudo o que foi discutido por ele estava previsto na Constituição, mais precisamente no artigo 142, que estabelece as Forças Armadas como poder moderador.

    Além disso, a defesa afirma que não existem provas de que o ex-presidente tenha assinado a minuta golpista e que o documento tratava de saídas previstas na Constituição. O próprio Bolsonaro tem verbalizado esse discurso, afirmando que tentou agir “dentro das quatro linhas”.

    No entanto, na visão dos investigadores, a defesa de Bolsonaro está deixando de lado tudo o que aconteceu durante o governo e após ele. As apurações apontam que o ex-presidente e aliados elaboraram um roteiro que resultaria em um “golpe legal”, criando fatos para justificar uma intervenção militar. 

    Para acionar o artigo 142, a PF aponta que o governo Bolsonaro atuou para descredibilizar as eleições e as urnas eletrônicas, procurando forjar fraudes nas eleições que justificariam a anulação das eleições, a substituição dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a convocação de novas eleições. Como esse movimento não deu certo, os bolsonaristas foram para o “plano B”, que era criar um clima de caos no Brasil.

    Essa alternativa tinha como base as manifestações bolsonaristas em frente aos quartéis, os atos de vandalismo em Brasília no dia da diplomação do presidente Lula e a explosão fracassada de um caminhão tanque de combustível no aeroporto de Brasília. A última tentativa foram os atos golpistas de 8 de janeiro, já com Lula no poder. Esses movimentos também buscavam uma intervenção militar com base em uma interpretação equivocada do artigo 142.

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