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    Exército vê braço direito de Braga Netto como informante de influenciador bolsonarista

    Oficiais do Quartel-General do Exército afirmaram que Flávio Botelho era um dos informantes de Paulo Figueiredo Filho, neto de um ex-ditador

    General Braga Netto (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)
    Leonardo Lucena avatar
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    247 - Integrantes da atual cúpula do Exército apontaram o coronel da reserva Flávio Botelho como responsável por espalhar desinformação entre a militância bolsonarista para difamar generais que rejeitaram participar do plano golpista. O militar é o braço direito do general Braga Netto, um dos 40 indiciados no inquérito da trama golpista.

    De acordo com informações publicadas nesta terça-feira (24) pelo jornal Folha de S.Paulo, oficiais do Quartel-General do Exército afirmaram, reservadamente, que Flávio Botelho era um dos informantes do comentarista e influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo Filho nas investidas contra membros do Alto Comando.

    O influenciador bolsonarista é neto do último ditador do regime militar, João Batista Figueiredo (1918-1999). Paulo Figueiredo Filho foi comentarista da rádio Jovem Pan.

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    Paulo Figueiredo Filho. Foto: Reprodução

    Ao saber das acusações, o coronel Flávio Botelho afirmou que a acusação é "leviana e se aproveita do anonimato da fonte". “Tenho mais de 34 anos de serviço no Exército e, reconhecidamente, fiz uma trajetória exemplar e sem máculas, o que é comprovado por subordinados, pares e superiores ao longo de toda a minha carreira”, declarou.

    A Polícia Federal indiciou 40 pessoas pela participação na trama golpista. O plano envolvia o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

    Além de Braga Netto, foram indiciados nomes como Jair Bolsonaro (PL), Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio Oliveira (ex-titular da Defesa). A Procuradoria-Geral da República (PGR) analisa o caso e, se optar por oferecer denúncia, enviará o posicionamento do órgão ao Supremo Tribunal Federal.

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