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    Felipe Nunes, da Quaest, vê em Marçal elementos de Collor e Bolsonaro

    Dono do instituto de pesquisas diz que coach mistura política e entretenimento

    Felipe Nunes (Foto: Reprodução/ CNN Brasil)

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    247 – O cientista político e estatístico Felipe Nunes, em entrevista ao jornal Valor, analisa que o candidato do PRTB a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, combina características dos ex-presidentes Fernando Collor e Jair Bolsonaro. Marçal, influenciador digital, tem conquistado rapidamente o eleitorado radicalizado de direita, composto predominantemente por homens, de renda média e em grande parte evangélicos, conforme aponta Nunes, sócio-fundador da empresa de pesquisas Quaest. Essa análise é parte de uma rodada de levantamento de intenções de voto realizada pela Quaest em todas as capitais brasileiras, que foi concluída nesta semana.

    De acordo com Nunes, Marçal transcende as expectativas ao incorporar um formato que mistura política e entretenimento, empregando estratégias de comunicação através de vídeos curtos nas redes sociais. Essa abordagem faz lembrar Collor por sua imagem de jovem bem-sucedido e "outsider" na política, enquanto de Bolsonaro ele emula a combatividade no trato com adversários, transmitindo uma sensação de autenticidade. Porém, a forma de comunicação de Marçal tem se mostrado mais relevante que o conteúdo de suas mensagens.

    Nunes destaca que nas últimas semanas, Marçal ampliou sua presença em segmentos do eleitorado onde antes tinha pouca expressão, como entre adultos de 34 a 59 anos. Contudo, suas vulnerabilidades residem no eleitorado feminino e nos votantes de baixa renda. A estratégia de Marçal enfrentará novos desafios com o início do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, do qual ele está excluído devido à posição de seu partido, que não superou a cláusula de barreira em 2022.

    Esta eleição municipal em São Paulo servirá como um teste definitivo sobre a influência da presença televisiva em campanhas políticas, segundo Nunes. Ele também aponta que a polarização observada nas eleições presidenciais entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro se reflete nas disputas municipais deste ano, indicando uma continuação dessa dinâmica nas preferências eleitorais.

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