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Filhos de desembargadores atuaram como operadores em compra de decisões judiciais em Mato Grosso do Sul

PF investiga lavagem de dinheiro e organização criminosa no Poder Judiciário de MS

Desembargadores Mato Grosso do Sul (Foto: Reprodução)

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247 - Filhos de desembargadores do Mato Grosso do Sul estão no centro de uma operação da Polícia Federal que investiga um esquema de venda de sentenças judiciais. De acordo com as investigações, participavam, em conjunto, o desembargador Vladimir Abreu da Silva e os filhos Ana Carolina Machado Abreu da Silva e Marcus Vinícius Machado Abreu da Silva; o desembargador Alexandre Aguiar Bastos e a filha Camila Cavalcante Bastos; o desembargador Divoncir Schreiner Maran e os quatro filhos, Divoncir Schreiner Maran Júnior, Vanio Cesar Bonadiman Maran, Rafael Fernando Ghelen Maran e Maria Fernanda Ghelen Maran; e o desembargador Sideni Soncini Pimentel, com os filhos Rodrigo Gonçalves Pimentel e Renata Gonçalves Pimentel.

A Polícia Federal descobriu que esses filhos operavam como "pontes" entre os pais, que ocupavam cargos de destaque no Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, e os empresários, facilitando o processo de compra de decisões. Eles utilizavam seus escritórios de advocacia para ocultar as transações ilícitas, movimentando grandes somas de dinheiro em troca de sentenças favoráveis, destaca o Metrópoles. A operação revelou que os advogados familiares tinham papel central no esquema, utilizando seus vínculos diretos com os magistrados para garantir decisões que beneficiavam empresários envolvidos no esquema.

Durante a operação, 44 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, e mais de R$ 3 milhões em dinheiro vivo foram encontrados, grande parte na residência de um dos desembargadores. Os filhos dos magistrados foram afastados de suas atividades profissionais e deverão usar tornozeleiras eletrônicas durante o período inicial de 180 dias. Além disso, estão proibidos de se aproximar das repartições públicas e de manter qualquer contato com os demais envolvidos.

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