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    General preso por plano de assassinato de Lula tinha cargo privilegiado no gabinete de Pazuello

    General Mário Fernandes ocupou cargo de natureza especial no gabinete do ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro com salário de mais de R$ 15 mil

    (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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    247 - O  general Mário Fernandes, preso pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (19) sob suspeita de envolvimento em um plano de golpe de Estado que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, ocupava um cargo de confiança na Câmara dos Deputados, no gabinete do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ), nomeado em março de 2023 para um posto com salário de R$ 15,6 mil. A informação é da coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

    A prisão de Fernandes ocorreu no âmbito da Operação Contragolpe, que investiga ações de uma organização criminosa formada por militares especializados em operações especiais. Segundo a PF, o grupo planejava "ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022", utilizando um elevado nível de conhecimento técnico-militar. Além de Fernandes, outros militares e um policial federal foram presos: o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo, o major Rafael Martins de Oliveira e o policial Wladimir Matos Soares.

    Mário Fernandes foi nomeado para um cargo de natureza especial na Câmara, com código CNE 09, exigindo nível superior completo. Ele permaneceu no posto até março deste ano, quando foi exonerado por Eduardo Pazuello. 

    Os militares presos pertencem ao grupo apelidado de "kids pretos", formado por especialistas em operações especiais do Exército, focados em ações de sabotagem e insurgência popular. A PF destaca que a organização utilizava "formação em Forças Especiais" para coordenar e executar suas atividades.

    A Operação Contragolpe ganhou tração após a PF conseguir acessar arquivos apagados dos dispositivos do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). O material foi recuperado com o uso de um software israelense, revelando detalhes do planejamento e conexões do grupo.

    As ações da PF, realizadas no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal, seguem no bojo do inquérito sobre a tentativa de golpe após a eleição de Lula em 2022. As investigações indicam que os militares pretendiam incitar revoltas populares em uma tentativa de desestabilizar o governo democraticamente eleito.

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