Haddad diz que governo vai ‘lutar’ no Senado para incluir armas no imposto seletivo

247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira (12) que o governo federal vai atuar junto ao Senado para incluir armas de fogo na lista do imposto seletivo, que sobretaxa produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, informa O Globo. “Vamos lutar no Senado para um volte com o imposto seletivo às armas”, disse Haddad.

Fernando Haddad também demonstrou preocupação em relação à quantidade de exceções incluídas no texto pela Câmara. Segundo ele, essas mudanças, que incluem a inclusão da carne na cesta básica isenta de impostos, terão impactos relevantes na alíquota-padrão do Imposto sobre Valor Agregado (IVA).

“A Fazenda manda aquilo (o projeto) que tecnicamente é mais responsável, e toda exceção, de certa maneira, acaba prejudicando a Reforma Tributária. Temos três formas de diminuir a alíquota-padrão. Uma é não ter exceção. (Com isso) A alíquota padrão seria de 21%. A segunda é combater a sonegação. Digitalizando o sistema, tornando mais transparente, fazendo IVA não cumulativo. E a terceira é o que a OCDE fez. Para diminuir o imposto sobre o consumo, aumentou o imposto sobre a renda, que é uma coisa que estará na mão do Congresso fazer nos dois próximos anos”, disse o ministro.

O vice-presidente Geraldo Alckmin também comentou sobre a inclusão das armas no imposto seletivo e da carne na cesta básica isenta de impostos. “Sempre entendo que você deve beneficiar mais a população mais pobre através do Imposto de Renda. O imposto de Renda deve ser sempre o fator mais importante de justiça de natureza tributária. Você colocar comida na cesta básica não é ruim. O ruim é você tirar do seletivo arma”, disse Alckmin nesta sexta-feira (12), durante o evento  Brasil Mais Produtivo, promovido pelo Sebrae, de acordo com jornal O Globo.