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    Histórico de Gusttavo Lima será prato cheio para adversários, avaliam bolsonaristas

    Bolsonaristas avaliam que a vida do cantor poderá ser "devassada", com questões pessoais e profissionais sendo devassadas e exploradas pelos adversários

    Gusttavo Lima e Bolsonaro (Foto: Reprodução/Instagram @gusttavolima)
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    247 - O anúncio feito pelo cantor sertanejo Gusttavo Lima de que pretende disputar as eleições presidenciais de 2026 causou incômodos entre os bolsonaristas e também arrastou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), para o centro da discussão. Segundo o UOL, a movimentação do sertanejo é vista por políticos experientes como uma jogada ingênua. Eles alertam que a vida do cantor poderá ser "devassada" caso ele siga com seus planos de ingresso na política, com questões pessoais e profissionais sendo  exploradas. 

    Entre as polêmicas que devem ressurgir estão investigações passadas, como a operação policial que investigou um esquema de lavagem de dinheiro em casas de apostas online, as chamadas bets, que resultou em uma ordem de prisão preventiva do cantor e a apreensão de seu passaporte. A situação também gerou críticas, já que ele se declarou contra a Lei Rouanet, mas teve sua carreira financiada com verbas do incentivo fiscal.

    Além disso, o cantor recebeu R$ 1,2 milhão para um show em 2022, que foi cancelado após se descobrir que a verba não poderia ser usada para esse tipo de evento. Em 2024, sua empresa, Balada Eventos e Produções, obteve R$ 18,9 milhões em benefícios fiscais via o programa Perse. Esses episódios podem, segundo especialistas, prejudicar sua imagem caso ele siga tentando um caminho político mais ambicioso, como o de candidato à presidência.

    Pessoas próximas a Jair Bolsonaro (PL), em particular, consideram que o cantor cometeu uma "traição", alegando que ele não honrou um suposto acordo com o ex-mandatário. Conforme relatos, Gusttavo Lima teria se comprometido a se filiar ao União Brasil, partido de Caiado, e concorrer ao Senado por Goiás, alinhado aos ideais conservadores de Bolsonaro. 

    No entanto, sua recente declaração sobre a presidência gerou desconforto, principalmente por contrariar o que teria sido combinado. Para complicar ainda mais a situação, a assessoria de Caiado afirmou que o governador estava "incomunicável" e  a assessoria do cantor também não respondeu às tentativas de contato da reportagem.

    A movimentação de Gusttavo Lima, no entanto, é vista por pessoas próximas a Caiado como uma forma de antecipar a discussão sobre a sucessão presidencial, minando a influência de Bolsonaro. Com o ex-mandatário inelegível, aliados de Bolsonaro indicam que ele ainda tem o objetivo de manter seu nome em jogo até 2026, exigindo compromissos de um futuro aliado em troca de apoio. 

    Caiado, por sua vez, estaria se aproveitando da "ingenuidade política" de Gusttavo Lima, usando sua popularidade como uma ferramenta para fortalecer sua posição na disputa pela presidência.

    Embora a relação entre Bolsonaro e Caiado ainda não tenha se rompido completamente, a atual desavença parece não inviabilizar uma possível aliança em 2026. Ainda de acordo com a reportagem, pessoas próximas ao ex-mandatário veem Caiado como alguém que cumpre acordos e se alinha aos ideais da direita conservadora, o que pode facilitar futuros entendimentos entre as duas partes. 

    Já Gusttavo Lima é visto como um "puxador de votos", mas com limitações, sendo mais provável que dispute uma cadeira no Senado do que a presidência.

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