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    Impacto de pacote fiscal sobre ativos isentos está sendo analisado pelo BC, aponta Galípolo

    “Estamos fazendo todos os exercícios, todas as contas, para entender como é que isso poderia levar a uma reprecificação dos ativos”, afirmou

    Gabriel Galípolo (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

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    247 – O diretor de política monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira (2) que a instituição está analisando os impactos da nova taxação de 10% sobre a renda total de pessoas que ganham acima de R$ 50 mil por mês.

    Durante um evento promovido pela XP Investimentos em São Paulo, Galípolo explicou que o imposto, que abrange dividendos, aluguéis e salários, pode impactar indiretamente ativos isentos, como fundos de investimento imobiliário e debêntures incentivadas.

    “Estamos fazendo todos os exercícios, todas as contas, até pelo tamanho e crescimento que esse mercado teve no volume, para entender como é que isso poderia levar a uma reprecificação dos ativos”, afirmou. “Também tivemos acesso, assim como o mercado, ao dado recentemente.”

    Galípolo ainda comentou que há um debate global sobre a potência dos mecanismos de transmissão da política monetária. No entanto, ressaltou que o Brasil não se enquadra nesse contexto. Ele argumentou que, enquanto o debate internacional está relacionado aos estímulos adotados durante a pandemia e seus efeitos posteriores, no Brasil, a redução da potência decorre de “mecanismos de proteção” criados para lidar com juros altos e manter o desemprego em níveis baixos.

    “Quase sempre no Brasil você acha alguma coisa como um efeito mitigador da política monetária em vários setores da economia. Você vai ter algum título público que vai estar ligado com a taxa básica de juros, por exemplo”, disse. “E assim você vai passando por vários elementos que têm canais ou mecanismos de defesa para um canal de transmissão de política monetária”.

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