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    Indiciado como ladrão de joias, Bolsonaro começa a admitir para aliados que mandou vender itens

    O relatório final da PF que resultou no indiciamento de Bolsonaro aponta que foi formada uma associação criminosa durante o seu governo com o objetivo de desviar joias

    Jair Bolsonaro (Foto: Reuters/Marco Bello | Reprodução)

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    247 - Indiciado por associação criminosa durante o seu governo com o objetivo de desviar joias e presentes de alto valor que já somam a quantia de R$6,8 milhões, Jair Bolsonaro agora parou de negar que desconhece os fatos e já admite que determinou a negociação de alguns itens.

    “Em conversas com aliados nas últimas 24 horas, após o relatório da Polícia Federal sobre o caso das joias ser tornado público, Bolsonaro disse que ‘não tinha o que fazer com aquilo’ e mandou ‘passar para frente, referindo-se a peças como os relógios Rolex e Patek Philippe, que foram comercializados por seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, por US$ 68 mil. ’”, informa a jornalista Bela Megale, em sua coluna no jornal O Globo.

    “Bolsonaro também segue a linha da nota emitida por sua defesa nesta segunda-feira e repete a aliados que teria informações da área do acervo presidencial de que os itens pertenciam a ele. Bolsonaro, no entanto, evita falar de qualquer maneira sobre os pagamentos em espécie revelados por Lourena Cid que configuram lavagem de dinheiro”, acrescenta a jornalista. 

    Saiba mais - O relatório final da Polícia Federal (PF) que resultou no indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) aponta que foi formada uma associação criminosa durante o seu governo com o objetivo de desviar joias e presentes de alto valor recebidos em razão do cargo então ocupado pelo ex-mandatário.

    De acordo com a corporação, os itens desviados foram periciados e a lista de bens inclui presentes entregues por autoridades estrangeiras, cujo valor parcial soma US$ 1.227.725,12 ou R$ 6.826.151,66, destaca um trecho do relatório. A informação foi dada primeiramente pela coluna do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo. 

    No relatório, a PF aponta que os valores obtidos com a venda desses itens eram convertidos em dinheiro em espécie e posteriormente integravam o patrimônio pessoal de Jair Bolsonaro através de intermediários. Bolsonaro foi indiciado pelos crimes de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. 

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