'Início da colheita', avaliam aliados de Lula após melhora na aprovação do presidente

247 - Integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliam que os números da pesquisa Datafolha, divulgada nesta terça-feira (18), que mostram a manutenção da aprovação do presidente em 36%, contra 31% de reprovação, são o “início da colheita” das ações implementadas desde janeiro de 2023. "Sempre afirmamos que 2023 foi o ano do plantio. Em 2024 começa a colheita”, disse o ministro extraordinário da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta (PT), de acordo com a Folha de S. Paulo. 

"Com muito trabalho e com as entregas que estamos fazendo, dentro do programa de reconstrução do nosso país, não tenho dúvidas de que o nosso governo chegará no final do ano com alto índice de aprovação. É o começo da construção que estamos fazendo com dedicação e devoção na construção do Brasil", ressaltou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

Apesar do otimismo, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), adotou um tom mais cauteloso, enfatizando que a melhora é positiva, mas que ainda é cedo para grandes comemorações. "Demonstra estabilidade," comentou Wagner, destacando a necessidade de mais avanços.

Outros membros do governo, como os deputados Alencar Santana (PT-SP) e Rubens Pereira Jr. (PT-MA), também reforçaram a visão de um cenário de melhora contínua, destacando que os efeitos positivos das políticas econômicas ainda estão por se manifestar plenamente na vida dos brasileiros.

A oposição, no entanto, interpretou os dados de maneira diferente. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) argumentou que a estabilidade reflete um momento ruim para o governo e previu uma piora na popularidade de Lula devido à falta de expectativas positivas na economia, apesar dos indicadores econômicos mostrarem avanços como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e do controle da inflação, além do crescimento do emprego e da massa salarial.

Comparando com o governo anterior, Lula apresenta um índice de aprovação similar ao de Bolsonaro em junho de 2020, quando o ex-mandatário tinha 32% de ótimo/bom, mas uma reprovação mais alta, de 44%.

A pesquisa Datafolha ouviu 2.008 eleitores em 113 municípios entre 4 e 13 de junho, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento revelou uma ligeira melhora na aprovação de Lula, com o índice de ótimo/bom subindo de 35% em março para 36%, enquanto a reprovação caiu de 33% para 31%.