Lula: acordo com União Europeia não prejudicará a indústria nacional
Presidente também defendeu a paz na Ucrânia e em Gaza e criticou o protecionismo, o extremismo e o ceticismo ambiental
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou novas críticas nesta quarta-feira (19) ao protecionismo global no comércio, em meio à onda de tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em declarações à imprensa após reunião bilateral com o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, Lula destacou que as relações comerciais com o país devem ser aprimoradas quando o acordo comercial Mercosul-UE entrar em vigor.
Nesse sentido, disse que o acordo não trará prejuízos à indústria brasileira: "Quando o protecionismo comercial ganha força no mundo, demonstramos o potencial da integração. O acordo trará benefícios para os dois blocos, significando acesso a bens e serviços mais baratos, aumento dos investimentos e proteção do meio ambiente, sem prejuízo para a nova política da indústria brasileira, com destaque para os potenciais da indústria de defesa e as exportações de aeronaves militares".
O presidente também criticou o crescente extremismo online: "É urgente também trabalharmos em conjunto na luta contra o extremismo e suas novas faces, que tem se proliferado principalmente no mundo digital. Compartilhamos a visão da necessidade de regular as grandes plataformas de tecnologia e combater o crime transfronteiriço".
Lula disse que Portugal é um parceiro do Brasil no fortalecimento "do multilaterilismo e da multipolaridade". "Quando alguns escolhem a competição e à guerra, nossos países apontam o caminho do diálogo e da paz. Em Gaza ou na Ucrânia é preciso cessar a violênca e abrir espaço para uma paz duradoura".
Por fim, destacou a importância do Acordo Climático de Paris, do qual os EUA se retirou. "O futuro do planeta requer compromisso de todos com o Acordo de Paris", disse.
Em suas declarações, Montenegro ecoou a expectativa de Lula por melhor tratamento dos brasileiros que vivem em Portugal, criticou o protecionismo comercial e defendeu o acordo Mercosul-UE. "Os europeus se não tiverem a capacidade de implementar o acordo, não poderão queixar-se de ver outros blocos comerciais invadir de forma não regulada o espaço que não tiveram a capacidade de ocupar".
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