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Lula defende declaração do PT sobre eleições na Venezuela e destaca nuances: "fez o que tem de fazer"

Presidente se alinhou ao posicionamento do partido ao afirmar que apesar da vitória declarada pelas autoridades de Maduro, a oposição não reconheceu

Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o posicionamento do Partido dos Trabalhadores emitido nesta terça-feira reconhecendo a normalidade da jornada eleitoral do último domingo, que, segundo as autoridades eleitorais venezuelanas, deu vitória ao presidente Nicolás Maduro.

Ele afirmou em entrevista à TV Centro América que o posicionamento da sigla vai além de simplesmente reconhecer a vitória de Maduro: "O Partido dos Trabalhadores reconheceu, de verdade, a nota do Partido dos Trabalhadores reconhece, elogia o povo venezuelano pelas eleições pacíficas que houve. E ao mesmo tempo reconhece que o Colégio Eleitoral, o Tribunal Eleitoral já reconheceu o Maduro como vitorioso. Mas a oposição ainda não".

Questionado se o PT teria se precipitado ao emitir a nota, Lula defendeu a autonomia do partido, e reforçou que o governo brasileiro se posicionará separadamente após a divulgação das atas de votação: "O PT fez o que tem de fazer. O PT não tem de pedir para o governo para fazer as coisas. O PT é um partido que tem autonomia, embora seja o meu partido, não precisa pedir licença para mim: 'Lula, eu posso fazer isso?'. Não. Faça o que você se sentir melhor fazendo. E o governo faz aquilo que se sente melhor fazendo. Eu, na hora em que estiveram apresentadas as atas, e for consagrado que as atas são verdadeiras, todos nós temos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral na Venezuela".

Nesta terça-feira (30), a Executiva Nacional do PT emitiu uma nota pedindo ao Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), que reconheceu a vitória de Maduro, respeito aos recursos apresentados pela oposição. O documento também pede a Maduro que amplie o diálogo com outras forças políticas.

"O PT saúda o povo venezuelano pelo processo eleitoral ocorrido no domingo, dia 28 de julho de 2024, em uma jornada pacífica, democrática e soberana. Temos a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que apontou a vitória do presidente Nicolas Maduro, dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela. Importante que o presidente Nicolas Maduro, agora reeleito, continue o diálogo com a oposição, no sentido de superar os graves problemas da Venezuela, em grande medida causados por sanções ilegais. O PT seguirá vigilante para contribuir, na medida de suas forças, para que os problemas da América Latina e Caribe sejam tratados pelos povos da nossa região, sem nenhum tipo de violência e ingerência externa", diz o documento.

A eleição presidencial venezuelana de 28 de julho resultou na vitória de Nicolás Maduro para um terceiro mandato. O anúncio dos resultados pelo CNE levou a oposição apoiada pelos Estados Unidos a protestar na capital, Caracas, e além, com relatos de confrontos entre a polícia e os apoiadores da oposição. O governo venezuelano acusou vários países de interferência nas eleições.

Após as eleições, o governo do presidente Lula informou que aguarda a publicação, pelo CNE, dos dados desagregados por mesa de votação.

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