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    Lula diz que revisão de gastos na Previdência ficará para depois e sinaliza que não atingirá somente militares

    Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) mostrou que o regime dos militares é o que apresenta o maior déficit per capita, da ordem de R$ 159 mil

    Presidente Lula e comandantes das Forças Armadas (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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    247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na manhã desta terça-feira (18), em entrevista à Rádio CBN, que a revisão de gastos com a Previdência não deve ocorrer de forma imediata e que, primeiro, o governo quer enfrentar a questão dos subsídios, desonerações e supersalários.


    “A equipe econômica tem que me apresentar as necessidades de corte. Ontem [segunda-feira (17)] quando eu vi a demonstração da Simone Tebet [ministra do Planejamento], disse para ela que fiquei perplexo. A gente discutindo corte de R$ 10 bilhões ali, R$ 15 bilhões aqui e de repente você descobre que que tem R$ 546 bilhões de benefício fiscal para os ricos nesse país, como é que é possível?”, questionou o presidente sobre os benefícios fiscais.

    A questão da Previdência dos militares foi alvo de uma reunião realizada nesta terça-feira entre o presidente Lula,  o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o vice-presidente Geraldo Alckmin. Na ocasião, Lula sinalizou que o tema da Previdência ainda será muito discutido dentro do governo até que haja uma definição. O presidente também teria dito que uma eventual mudança não atingiria apenas a previdência dos militares, mas também de outros servidores do Executivo  e do Judiciário.

    Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) mostrou que o regime dos militares é o que apresenta o maior déficit per capita, da ordem de R$ 159 mil. A possibilidade de revisão nas regras de aposentadoria de militares foi defendida na semana passada pela ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), como uma das alternativas para reduzir os gastos do governo.

    A medida, no entanto, não é bem vista por José Múcio e outros integrantes do governo, que temem que a reforma na aposentadoria dos militares poderia reacender conflitos entre o Planalto e as Forças Armadas.

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