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    Lula: “única forma de acabar com a violência é quebrar a espinha dorsal das facções, e isso não pode ser feito só pelos estados”

    Presidente defende a criação do Sistema Único de Segurança Pública para coordenar ações entre União, estados e municípios no combate ao crime organizado

    Lula (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
    Camila França avatar
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    247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta quarta-feira (19), a criação de um Sistema Único de Segurança Pública para integrar as ações da União, estados e municípios no combate ao crime organizado. A declaração foi dada durante entrevista ao jornal O Povo , após a cerimônia de entrega do Hospital Universitário do Ceará (HUC), na Universidade Estadual do Ceará (Uece), em Fortaleza.

    “A única forma de acabar com a violência que ocorre no Brasil hoje é quebrar a espinha dorsal das facções – e isso é uma tarefa que não pode ser feita apenas pelos estados, mas sim com a participação muito forte do Governo Federal”, afirmou o presidente. Lula destacou que a criminalidade não pode ser tratada como um problema restrito aos estados e que o governo federal precisa atuar de forma mais incisiva para combater o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro, principais fontes de financiamento das facções criminosas.

    Sistema Único de Segurança Pública

    O chefe do Executivo revelou que, na semana passada, o governo fechou uma proposta de Emenda Constitucional para a criação de um Sistema Único de Segurança Pública. O objetivo da medida é definir com mais clareza o papel das forças federais, estaduais e municipais no combate ao crime.

    “O ministro Lewandowski dialogou muito com os governadores e a sociedade para construir essa proposta, e agora a ministra Gleisi está conversando com as lideranças do Parlamento para encaminhar em breve a proposta para o Congresso”, disse Lula.

    A medida busca padronizar estratégias e fortalecer a articulação entre as polícias militar, civil, federal e rodoviária federal, além de envolver outros órgãos, como o Ministério Público e o Judiciário. Segundo o presidente, a cooperação entre essas instâncias é fundamental para conter o avanço das facções e desarticular suas redes de financiamento.

    Prejuízo bilionário às facções

    Lula também ressaltou que a atuação da Polícia Federal tem sido intensificada nos últimos anos, com ações voltadas para a repressão econômica do crime organizado.

    “Para termos uma ideia, apenas no ano passado a Polícia Federal impôs às facções um prejuízo de R$ 5,6 bilhões em ações como apreensão de bens – 70% a mais do que em 2023. Isso aconteceu porque intensificamos as ações de inteligência, repressão econômica e combate à lavagem de dinheiro”, destacou.

    O presidente reforçou que a estratégia de sufocar financeiramente o crime organizado é uma das principais frentes do governo e que, com a criação do Sistema Único de Segurança Pública, as ações serão ampliadas. Lula afirmou que espera o apoio do Congresso para aprovar a proposta e consolidar uma nova estrutura para o enfrentamento da criminalidade no país.

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