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"Mesmo vivendo uma tragédia, a negação do óbvio permanece", afirma Gleisi Hoffmann sobre PL que reduz reservas na Amazônia

O projeto de lei é votado no Senado em meio a crise climática que atinge o Rio Grande do Sul

Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução)

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247 – A deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann (PR), criticou nesta quarta-feira (8) a votação do projeto de lei 3.334/2024 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O texto permite a redução da reserva legal em imóveis rurais localizados em municípios da Amazônia Legal, prevendo que a cobertura mínima de vegetação passe de 80% a 50%.

“Os bolsonaristas estão na ofensiva no Senado. Pretendem mudar o Código Florestal brasileiro e reduzir de 80% para 50% a reserva de florestas na Amazônia Legal. O projeto deve ser votado nesta quarta-feira, em meio ao maior desastre climático do Rio Grande do Sul. É bom lembrar que o RS foi o primeiro estado a flexibilizar a legislação ambiental, por essa mesma direita que apoia Bolsonaro!”, escreveu em rede social. “É impressionante que, mesmo vivendo uma tragédia, a negação do óbvio permaneça. O que precisamos é de preservação ambiental, controle e prevenção do desmatamento, não de passar a boiada bolsonarista. Enquanto contamos no Sul as vítimas dos impactos causados pelas mudanças climáticas, eles ignoram o aquecimento global. É inacreditável!”.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a redução da reserva legal causaria um desmatamento potencial de 28,1 mil hectares, equivalente a todo o território do estado do Tocantins.

Crise no Rio Grande do Sul: A Defesa Civil do Estado já contabilizou 100 mortes em decorrência das chuvas intensas que atingiram o RS na última semana. O órgão ainda apontou que já são mais de 163 mil pessoas desalojadas por causa dos eventos climáticos.

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