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    Militares presos pela PF por trama golpista e para assassinar Lula usaram carros do Exército para monitorar Moraes

    Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro, e Marcelo Câmara, ex-assessor especial, teriam trocado informações sobre deslocamentos de ministros do STF

    Alexandre de Moraes (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

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    247 - A investigação da Polícia Federal (PF), que culminou na prisão de quatro militares pela suspeita de participação em uma trama golpista e para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, teriam utilizado veículos do Exército para monitorar o magistrado, inclusive em seu apartamento funcional, em Brasília. Além deles, um policial federal também foi preso no início desta manhã.

    Segundo a coluna da jornalista Daniela Lima, do g1, o STF, atendendo a pedidos da PF e da PGR (procuradoria-geral da República), determinou que o Exército forneça informações detalhadas sobre o itinerário dos veículos supostamente usados na vigilância ilegal, ocorrida no final de 2022. Segundo as apurações, o esquema envolvia o uso de informações sensíveis para monitorar integrantes do Judiciário, reforçando as suspeitas de um complô organizado durante o governo Jair Bolsonaro (PL) para impedir a posse do ex-presidente Lula.

    Ainda conforme a reportagem, dois nomes de destaque na antiga gestão de Bolsonaro foram implicados diretamente no caso: o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-mandatário, e Marcelo Câmara, ex-assessor especial. Ambos teriam trocado informações sobre os deslocamentos de ministros do STF. 

    Mauro Cid, cuja delação premiada está sob reavaliação, deve prestar depoimento à PF ainda nesta terça-feira (19), o que pode trazer novos desdobramentos sobre a trama golpista.

    Além das prisões, Moraes determinou a apreensão dos passaportes dos envolvidos, impedindo que deixem o país. A operação reflete a gravidade das acusações, que envolvem desde arapongagem — vigilância clandestina e ilegal — até a suposta conspiração para assassinatos de figuras-chave do governo e do Judiciário.

    A investigação poderá ter implicações políticas e legais profundas, não apenas para os envolvidos diretos, mas também para o próprio Jair Bolsonaro, que já enfrenta outros processos por supostas irregularidades em sua gestão.

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