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Ministro Paulo Pimenta, parlamentares e artistas tiveram dados consultados por assassino de Marielle Franco e Anderson Gomes

Lista do ex-policial militar Ronnie Lessa foi apresentada ao Ministério Público do Rio de Janeiro

Paulo Pimenta e Marielle Franco (Foto: ABR)

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247 - A investigação sobre a morte de Marielle Franco comprovou que o ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso do homicídio da ex-vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes, consultou dados de diversas autoridades, pesquisadores e artistas com envolvimento na defesa e garantia dos direitos humanos. A lista apresentada pela empresa CCFácil ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) mostra consultas realizadas entre 2006 e 2018 pelo ex-PM.

Esta apuração serviu como uma das provas cabais da participação de Ronnie Lessa no crime, uma vez que dois dias antes da execução de Marielle ela teve seu nome consultado pelo ex-PM na plataforma. Outro apontamento que chama a atenção das autoridades é que em 7 de abril de 2015, Lessa pesquisou os dados do ministro Paulo Pimenta (PT), à época deputado federal. Um dia antes, Pimenta havia visitado o Complexo do Alemão, acompanhado de Marielle, para ouvir os moradores sobre as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) instaladas no local. À época o ministro era presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.

A lista de consultas de Lessa foi solicitada pelo MP-RJ à CCFácil apenas em 2021. Foi quando os investigadores notaram que, entre os papéis apreendidos na casa do ex-PM na data de sua prisão, havia um com anotações de login e senha para a plataforma.

O documento foi o primeiro a identificar uma pesquisa direta de Lessa ao nome de Marielle e sua filha dias antes do crime. Até então não tinham sido identificados levantamentos com o nome da vereadora, o que era um argumento da defesa para tentar negar a autoria do crime.

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