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"Não rompemos as relações com Israel", diz Mauro Vieira após retirada de embaixador

Governo brasileiro decidiu retirar o embaixador Frederico Meyer da representação brasileira em Tel Aviv, em retaliação ao tratamento dado ao diplomata por autoridades israelenses

Mauro Vieira (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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247 - O chanceler Mauro Vieira disse nesta quarta-feira (19), durante audiência pública realizada na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, que a retirada do embaixador Frederico Meyer da representação brasileira em Tel Aviv não indica o rompimento das relações diplomáticas entre Brasil e Israel.

"O embaixador já deixou a embaixada, mas isso não quer dizer que rompemos as relações com Israel. Retirar o embaixador é muito aquém de um rompimento”, disse Vieira, de acordo com o jornal O Globo. Ainda segundo ele, a embaixada brasileira permanece aberta e operando sob a liderança do encarregado de negócios, Fábio Farias.

Frederico Meyer deixou o posto em Tel Aviv no início deste ano, após ser convocado pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, para uma cerimônia pública no memorial do Holocausto, em Jerusalém. O evento foi uma reprimenda oficial do governo israelense a uma declaração do presidente Lula (PT), que comparou os ataques de Israel aos palestinos na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. 

Em resposta, o governo de Israel classificou Lula como persona non grata, enquanto o Itamaraty considerou o tratamento dispensado a Meyer como humilhante. Recentemente, Meyer foi nomeado representante do Brasil na Conferência Especial do Desarmamento da ONU, em Genebra.

O chanceler também reiterou a posição do Brasil a favor do reconhecimento de dois Estados, Israel e Palestina, e destacou que o presidente Lula condenou os ataques do Hamas ao território isralense e sempre defendeu a libertação dos reféns em poder do grupopalestino. Contudo, Vieira criticou o que considera ser o uso desproporcional da força militar por Israel.

"Até uns dez dias atrás, havia 38 mil mortos em Gaza. Se compararmos com o número de mortos no conflito da Ucrânia, o número é menor ou está perto disso," disse.

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