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Parte dos servidores do INSS mantêm greve mesmo após negociação com o governo

Federação Nacional alega que acordo firmado pelo governo com apenas uma entidade não representa toda a categoria e decide manter paralisação

(Foto: Marcello Casal Jr./Ag. Brasil)

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247 - Embora o governo Lula (PT) tenha anunciado esta semana um acordo com os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), uma parte significativa da categoria não reconhece a legitimidade do documento assinado e afirma que a greve continuará. O acordo foi firmado na última quarta-feira (28) com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), mas a Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) contesta a negociação. Segundo a Fenasps, o governo teria negociando apenas com uma entidade, sem dialogar com a base mais ampla da categoria.

Daniel Emmanuel, diretor do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência no Rio Grande do Sul (Sindisprev-RS) e membro da direção da Fenasps, afirmou ao Metrópoles que o comando de greve do estado decidiu manter a paralisação após deliberação na última quinta-feira (29). "Estamos acompanhando as assembleias em outros estados. O sentimento da categoria é de revolta com a CNTSS e com a Condsef, que também sinaliza assinar o acordo", declarou Emmanuel.

A greve dos servidores do INSS já dura um mês e meio, mas, segundo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, o impacto nos serviços tem sido limitado, com uma queda de apenas 3% a 4% no apoio às perícias, por exemplo. Contudo, a Fenasps, que se apresenta como a entidade com o maior número de servidores em sua base, reivindica legitimidade para representar a categoria em greve em todo o país e acusa as entidades que assinaram ou pretendem assinar o acordo de agir como "braço do governo" dentro do movimento.

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