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PF encontra provas de que Bolsonaro sabia e avalizou venda ilegal de joias nos EUA

As joias, que deveriam fazer parte do acervo da Presidência, foram ilegalmente comercializadas por assessores de Bolsonaro com o consentimento dele, segundo a PF

Mauro Cid (à esq.), Jair Bolsonaro e joias dadas ao Brasil (Foto: Marcos Corrêa/PR | Reprodução | Reuters)

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247 - A Polícia Federal (PF) vai concluir nos próximos dias o relatório final do inquérito das joias, trazendo provas contundentes que demonstram que o Jair Bolsonaro (PL) tinha pleno conhecimento da operação ilegal de venda e recompra de joias nos Estados Unidos, informa Bela Megale, do jornal O Globo. Bolsonaro não só foi informado sobre as transações, mas também deu aval para a execução de parte delas.

O caso envolve um conjunto de joias conhecido como "kit ouro branco", recebido por Bolsonaro durante uma visita oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019. Este kit inclui peças valiosas como um anel, uma caneta, abotoaduras e um rosário islâmico, todos cravejados de diamantes. A investigação revela que essas joias, que deveriam fazer parte do acervo da Presidência, foram ilegalmente comercializadas por assessores de Bolsonaro com o consentimento dele.

Durante as últimas diligências realizadas em maio nos Estados Unidos, a PF obteve imagens inéditas e conduziu entrevistas que confirmam os detalhes da operação. As evidências coletadas foram suficientes para incluir no relatório final que será entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR). A PGR, então, avaliará o material e decidirá se apresenta denúncia formal contra Bolsonaro e outros envolvidos, incluindo assistentes e advogados do núcleo duro do ex-presidente.

O Tribunal de Contas da União (TCU) já havia decidido que as joias, pertencentes ao acervo da Presidência, não poderiam ter sido comercializadas por Bolsonaro ou seus assessores. A tentativa de recomprar os itens vendidos, realizada por assistentes de Bolsonaro, foi um esforço tardio e ineficaz para corrigir a ilegalidade da operação.

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