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    PF envia ao STF imagens e depoimentos colhidos nos EUA sobre escândalo das joias sauditas colhidos nos EUA

    Material foi colhido nos Estados Unidos e inclui imagens, depoimentos e documentos de lojas em que auxiliares de Jair Bolsonaro negociaram itens valiosos

    (Foto: ABR | Reprodução)
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    247 - A Polícia Federal (PF) entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pen drive contendo imagens e depoimentos obtidos nos Estados Unidos durante a investigação sobre a venda de joias sauditas recebidas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). A medida faz parte do inquérito que apura a negociação de presentes de alto valor enviados pelo governo da Arábia Saudita à Presidência da República, ocorrido em 2021. As informações são da CNN Brasil.

    Em julho de 2024, Bolsonaro e outras 11 pessoas foram indiciados, e o caso foi encaminhado ao STF. Neste momento, o processo aguarda parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresentará denúncia. As provas enviadas ao STF são fruto de uma investigação conjunta entre a PF e o FBI, realizada no âmbito de um tratado de assistência jurídica entre os dois países.

    A operação, que ocorreu em abril de 2024, incluiu visitas de agentes da PF a quatro cidades dos Estados Unidos – Miami, Orlando, Nova York e Wilson Grove – onde foram feitas buscas em lojas e outros locais relacionados à venda dos presentes. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, colaborou com as investigações, revelando endereços e detalhes sobre as transações. Imagens de câmeras de segurança e outros documentos, como anotações e notas fiscais, foram apreendidos e agora estão em posse do STF.

    Esses elementos agora servirão de base para o possível julgamento de Bolsonaro, caso a PGR decida denunciar o ex-presidente. Após o indiciamento, a defesa de Bolsonaro argumentou que os presentes recebidos pela Presidência obedecem a um "rigoroso protocolo de tratamento e catalogação", ressaltando que o chefe do Executivo não teria ingerência direta nas transações. 

    A defesa ainda qualificou a investigação como "insólita", mencionando que casos semelhantes em governos anteriores não foram objeto de apuração. Além disso, a defesa destacou que Bolsonaro, ao ser informado sobre a necessidade de devolução dos bens, se prontificou a restituí-los de forma espontânea.

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